quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Mulher Invisível e...


O COMUNISMO NU


Este post é um misto de dica de livro e alerta, explico, “O Comunista Nu” é o título em português (tradução minha) do livro “The Naked Communist” (veja aqui), lançado em 1958 e escrito por um ex-agente do FBI chamado Cleon Skousen. Como foi lançado na época da Guerra Fria, naturalmente ficou entre os best-sellers da década de 60 nos EUA devido a sua linha anticomunista. O livro, de pouco mais de 400 páginas, é um apanhado de várias obras relacionadas ao comunismo que se dispõe a responder vários questionamentos da época.
É um livro que vale a pena ser lido para quem desconhece a ideologia de esquerda e seus tentáculos, já que aborda vários tópicos a ela relacionados. O socialismo/comunismo já fizeram um grande mal ao mundo no passado, como se pode acompanhar através da obra “O Livro Negro do Comunismo” (veja aqui) que contabiliza e detalha os crimes dessa ideologia em diversos países pelo mundo desde o início do século passado até meados da década de 80, tudo num volume de mais de 900 páginas cuja contabilidade fatal desse regime resulta em cerca de 100 milhões de mortes. É um verdadeiro horror que ainda exista um regime que matou mais pessoas em menos de 100 anos do que em todas as guerras anteriores no mundo somadas desde à época de Cristo e, pior, esteja aos poucos dominando vários países direta ou indiretamente, entre eles o nosso.
Voltando ao livro de Cleon Skousen, o interessante é sua visão relacionada a nova abordagem comunista que viria a ser dominante nos dias atuais, sua semente mutante tinha sido recentemente plantada e, no decorrer dos anos, iria utilizar-se do método de crescimento através de mudanças culturais e abordagens de aniquilação de valores para enfim ressurgir mais forte e sem a necessidade de impor-se por meio de armas, mas pela sutileza, como o conto do sapo que morre cozinhando na panela. A sociedade é tomada lentamente. Mas voltemos, lembre, o livro é de 1958 e, se acha que tudo isso é uma bobagem, vamos ver  as 45 metas do comunismo para dominar futuramente os regimes avessos à essa ideologia naquela época, conforme estão escritas no livro nessa edição impressa há mais de 50 anos. Claro que o principal inimigo seria os EUA e muitas das metas foram específicas para os EUA, mas esse “modus operandi” foi adotado em muitos outros países, como no Brasil. Para facilitar vou colocar em negrito as metas já alcançadas ou em andamento para você ter uma noção de como esse planejamento se materializou nos dias de hoje, se você achava que o comunismo estava morto, vai se espantar. Lembro novamente, essas metas eram de 1958:
1. Aceitação dos EUA de coexistência como a única alternativa para a guerra atômica.
2. Disposição dos EUA em render-se ao invés de engajar-se em uma guerra atômica.
3. Desenvolver a ilusão de que o desarmamento total pelos Estados Unidos seria uma demonstração de força moral. {alcançado em parte}
4. Permitir o livre comércio entre todas as nações, independentemente da filiação comunista e independentemente de haver ou não itens que poderiam ser usados ​​para a guerra.
5. Extensão de empréstimos de longo prazo para a Rússia e países satélites soviéticos.
6. Fornecer ajuda americana para todas as nações independentemente da dominação comunista.
7. Concessão do reconhecimento da China Comunista. Admissão da China Comunista na ONU.
8. Configurar a Alemanha Oriental e a Ocidental como Estados separados, apesar da promessa de Kruschev, em 1955, para resolver a questão da Alemanha por eleições livres sob supervisão da ONU. {perdeu o sentido a partir da queda do muro de Berlim}
9. Prolongar as conferências para proibirem os testes atômicos porque os EUA tem concordado em suspender os testes, desde que as negociações estejam em andamento. {perdeu o sentido com a queda da URSS quase trinta anos depois}
10. Permitir que todos os países satélites soviéticos tenham uma única representação na ONU. {perdeu o sentido com a queda da URSS quase trinta anos depois}
11. Promover a ONU como a única esperança para a humanidade. Se a sua carta régia for reescrita, exigir que lhe seja instituída como governo mundial com suas próprias forças armadas independentes. (Alguns líderes comunistas acreditam que o mundo pode ser assumido pela ONU tão facilmente quanto por Moscou. Às vezes, estes dois competem uns com os outros como eles estão agora fazendo no Congo).
12. Tentativa de resistir a qualquer bandido do Partido Comunista. {esse é um item muito subjetivo}
13. Acabar com todos os juramentos de fidelidade. {esse é um item muito subjetivo}
14. Continuar dando acesso à Rússia ao escritório de patentes dos Estados Unidos. {funcionou por alguns anos, perdeu o sentido depois das mudanças geopolíticas}
15. Dominar um ou ambos os partidos políticos nos Estados Unidos.
16. Usar as decisões técnicas dos tribunais para enfraquecer instituições básicas dos EUA alegando que suas atividades violam os direitos civis.
17. Obter o controle das escolas. Usá-las como canais de transmissão para o socialismo e propaganda comunista atual. Suavizar o currículo. Obter o controle de associações de professores. Colocar a ideologia do partido nos livros didáticos.
18. Ganhar o controle de todos os jornais estudantis.
19. Usar as manifestações de estudantes para fomentar protestos públicos contra programas ou organizações que estão sob ataque comunista.
20. Infiltrar-se na imprensa. Obter o controle na tarefa de revisão dos livros, nos editoriais e as posições de tomada de decisões.
21. Ganhar o controle de posições-chave no rádio, TV e cinema.
22. Continuar desacreditando a cultura americana através da degradação de todas as formas de expressão artística. Para uma célula Americana Comunista foi dito para “eliminar todas as boas esculturas de parques e edifícios, substituindo-as por outras disformes, inábeis e com formas sem sentido”.
23. Controlar os críticos de arte e diretores de museus de arte. “Nosso plano é promover a feiúra, a arte repulsiva sem sentido”.
24. Eliminar todas as leis de obscenidade, chamando-as de “governo da censura” e uma violação da liberdade de expressão e liberdade de imprensa.
25. Quebrar os padrões culturais da moralidade através da Promoção da pornografia e obscenidade em livros, revistas, filmes, rádio e TV.
26. Apresentar a homossexualidade, a degeneração e a promiscuidade como algo “normal, natural e saudável”.
27. Infiltrar-se nas igrejas e substituir a religião revelada com a religião “social”. Desacreditar a Bíblia e enfatizar a necessidade de maturidade intelectual que não precisa de uma “muleta religiosa”.
28. Eliminar a oração ou qualquer fase da expressão religiosa nas escolas sobre o fundamento de que viola o princípio da “separação entre Igreja e Estado”.
29. Desacreditar a Constituição norte-americana, chamando-o de inadequada, antiquada, fora de sintonia com as necessidades modernas, um obstáculo para a cooperação entre as nações em uma base mundial.
30. Desacreditar os pais-fundadores americanos. Apresentá-los como aristocratas egoístas que não tinham nenhuma preocupação com o “homem comum”.
31. Menosprezar todas as formas de cultura americana e desencorajar o ensino da história americana com o fundamento de que era apenas uma pequena parte da “grande figura”. Dar mais ênfase à história russa desde que os comunistas tomaram o poder. {reescrever a história é uma das abordagens feitas hoje, tanto nos EUA quanto no Brasil}
32. Apoiar qualquer movimento socialista para dar o controle centralizado sobre qualquer parte da cultura – educação, serviços sociais, programas de bem-estar, clínicas de saúde mental, etc.
33. Eliminar todas as leis e procedimentos que interferem com o funcionamento do aparelho comunista.
34. Eliminar o Comitê de Atividades Anti-Americanas.
35. Eventualmente desacreditar e desmantelar o FBI. {ficou mais fácil aparelhar o FBI, como aparelharam outros inúmeros orgãos o que também ocorre no Brasil}
36. Infiltrar e ganhar o controle de mais sindicatos.
37. Infiltrar e ganhar o controle de um grande negócio. {não só um, hoje dominam vários e de todos os tipos}
38. Transferência de alguns dos poderes de prisão da polícia para entidades sociais. Tratar todos os problemas de comportamento como distúrbios psiquiátricos dos quais ninguém, exceto Psiquiatras, conseguem entender ou tratar.
39. Dominar a profissão psiquiátrica e usar as leis de saúde mental como um meio de ganhar controle coercivo sobre aqueles que se opõem aos objetivos comunistas.
40. Desacreditar a família como uma instituição. Incentivar a promiscuidade e o divórcio fácil.
41. Ressaltar a necessidade de educar os filhos longe da influência negativa dos pais. Atribuir preconceitos, bloqueios mentais e retardo de crianças à supressão da influência dos pais.
42. Criar a impressão de que a violência e a insurreição são aspectos legítimos da tradição norte-americana; que os estudantes e grupos de interesses especiais devem se levantar e usar “força unida” para resolver os problemas econômicos, políticos ou sociais.
43. Derrubar todos os governos coloniais antes das populações nativas que estão prontos para o auto-governo.
44. internacionalizar o Canal do Panamá.
45. Revogação da Reserva Connally para que os EUA não possam impedir o Tribunal Mundial de se apossar da jurisdição sobre problemas domésticos. Dar ao Tribunal Mundial jurisdição sobre as nações e os indivíduos.
Então, você acha que eles estão tendo algum sucesso? Algumas das coisas que você vê ocorrendo nos últimos anos lembra a você de alguns dos itens da lista? É … parece que parte do mundo dormiu em berço esplêndido e a sociedade esteve sendo devorada por dentro.
Hoje, repaginado, com ares de ideologia “social democrata” moderna, o comunismo está mais forte do que antes, pois hoje se tornou algo cultural, está no nosso meio, nas escolas, nos jornais, etc … é só observar. Por exemplo, no Brasil, quantos partidos são de esquerda declarada? Eles estão no poder? Quais dos principais candidatos a presidência são de direita, algum? Pois é. Se isso não foi o bastante para lhe dar a dimensão do problema, segue abaixo um documentário sobre a agenda comunista. Lembre, está voltado para os EUA, mas cai como uma luva para o Brasil e outros países vizinhos.

Fonte: http://dcvcorp.com.br/?p=334

A ESCOLA DE FRANKFURT


O que o partido hegemônico tenta fazer com a dissolução dos costumes e a derrocada da moral judaico-cristã no Brasil não é algo novo nem inventado por eles. As correntes de pensamento comunista é que são responsáveis por isso. Depois da revolução bolchevique, o que mais ganhou fama foi a famosa Escola de Frankfurt, composta por intelectuais marxistas. 
A Escola contava entre os seus membros o guru da Nova Esquerda dos anos 60, Herbert Marcuse (criticado pelo Papa Paulo VI devido à sua teoria de emancipação que "abre a porta à permissão mascarada de liberdade"), Max Horkheimer, Theodor Adorno, o popular escritor Erich Fromm, Leo Lowenthal, e Jurgen Habermas - provavelmente o representante mais influente da Escola.

Basicamente, a Escola de Frankfurt acreditava que, enquanto o indivíduo tivesse a crença - ou até a esperança da crença - de que a sua dádiva divina da razão poderia resolver os problemas da sociedade, então essa mesma sociedade nunca atingiria o estado de desesperança e alienação considerado necessário para que se provoque a revolução socialista. A sua tarefa, portanto, era de o minar o mais rapidamente possível o legado Judaico-cristão.

Para levar a cabo isto, eles fundamentaram-se na mais destrutiva e negativa critica possível a todas as esferas da vida, que seria tentada como forma de desestabilizar a sociedade e destruir o que eles viam como uma ordem "opressora". As suas políticas, esperavam eles, iriam se propagar tal como um vírus"continuando o trabalho dos Marxistas ocidentais, mas por outros meios", tal como ressalvou um dos seus membros. Como forma de avançar com a sua "silenciosa" revolução cultural - sem nos dar, no entanto, qualquer tipo de indício dos seus planos futuros - a Escola de Frankfurt recomendou (entre outras coisas):


1. A instalação de ofensas raciais.
2. Mudanças contínuas como forma de gerar confusão.
3. O ensino do sexo e do homossexualismo às crianças.
4. A fragilização da autoridade, das escolas e dos professores.
5. A imigração em massa como forma de destruir a identidade.
6. A promoção do consumo excessivo de álcool.
7. O esvaziamento das igrejas.
8. Um clima de suspeição sobre o sistema legal (com um viés em favor da vítima do crime).
9. A dependência do Estado ou de benefícios estatais.

10. O controle e redução intelectual da mídia.
11. Fomentação da destruição da família.

Uma das ideias principais da Escola de Frankfurt era a exploração da ideia Freudiana com o nome de ‘panssexualismo’ - a busca do prazer, a exploração das diferenças entre os sexos, a subversão dos relacionamentos tradicionais entre os homens e as mulheres. Para avançar mais com a sua agenda, a Escola iria:

a) Atacar a autoridade do pai, negar os papéis específicos do pai e da mãe, e retirar das famílias os seus direitos de educadores primários dos seus filhos. O estado deveria tomar esse papel.

b) Abolir as diferenças na forma como se educam os rapazes e as raparigas.
c) Abolir todas as formas de domínio masculino - o que explica a presença de mulheres nas forças armadas.
c) Declarar as mulheres como "classe oprimida" e os homens como "classe opressora".

Munzenberg resumiu da seguinte forma os planos a longa prazo da Escola de Frankfurt:

Vamos fazer com que o Ocidente cheire mal.

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Tudo é muito pensado e nada vem ao acaso. E a sociedade brasileira está servindo de manada dócil, cumulada de bolsas, para esses agentes do totalitarismo, que estranhamente têm sempre o discurso da liberdade. Já passou da hora de nos aprecatarmos. Stalin vive.
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Fonte:  http://roberto-menezes.blogspot.com.br/

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Pensamentos do Dia




“É difícil imaginar uma maneira mais estúpida e mais perigosa de tomar decisões do que colocar essas decisões nas mãos de pessoas que não pagam qualquer preço por estarem erradas”.  Thomas sowell

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Caso "SIMPLES" do Oriente Médio e o Radicalismo Islâmico.


O que cristãos devem pensar sobre o socialismo? John Piper responde


Socialismo tem sido um tema polêmico na sociedade e também em círculos cristãos. O termo socialismo pode se referir a teorias de organização econômica que advogam a administração e propriedade coletiva dos meios de produção e distribuição de bens. Inclusive, alguns cristãos olham para Atos 2 e advogam que esse era o caso na igreja primitiva. Mas será que esses sistema político-econômico se encaixa dentro dos princípios cristãos? Neste vídeo, John Piper responde o que cristãos devem pensar sobre o socialismo.


Esse é um assunto que exige bastante estudo. Para uma posição similar a de John Piper, leia estes artigos do Teologia Brasileira:
Se você deseja aprofundar seus estudos, a Edições Vida Nova publicou três ótimos livros sobre o assunto. Recomendamos que comece com o Política segunda a Bíblia, de Wayne Grudem.

Por: John Piper. © 2015 Desiring God. Original: How Should Christians Think About Socialism?.
Tradução: Alan Cristie. Revisão: Vinícius Musselman Pimentel. © 2014 Ministério Fiel. Todos os direitos reservados. Website: VoltemosAoEvangelho.com. Original: O que cristãos devem pensar sobre o socialismo? John Piper responde.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.
John Piper é um dos ministros e autores cristãos mais proeminentes e atuantes dos dias atuais, atingindo com suas publicações e mensagens milhões de pessoas em todo o mundo. Ele exerce seu ministério pastoral na Bethlehem Baptist Church, em Minneapolis, MN, nos EUA desde 1980.

Ser Conservador

Michael Oakeshott

Ser conservador é preferir o familiar ao desconhecido, preferir o tentado ao não tentado, o fato ao mistério, o real ao possível, o limitado ao ilimitado, o próximo ao distante, o suficiente ao superabundante, o conveniente ao perfeito, a felicidade presente à utópica.

Assim sendo, as mudanças pequenas e lentas serão, para ele, mais toleráveis que as grandes e repentinas, e valorizará consideravelmente toda a aparência de continuidade.

A única forma que temos de defender a nossa identidade (ou seja, de nos defendermos a nós mesmos) contra as forças adversas da mudança encontra-se no conhecimento da nossa experiência; apoiando-nos naquilo que mostre maior firmeza, aderindo àqueles costumes que não estejam imediatamente ameaçados e assimilando assim o novo sem nos tornarmos irreconhecíveis para nós mesmos

É por algum subterfúgio do conservadorismo que todas as pessoas ou povos forçados a sofrer uma mudança notável evitam a desonra da extinção.

Para além disso, ele está consciente de que nem toda a inovação constitui verdadeiramente um avanço.

Ainda mais, mesmo quando a inovação representar um progresso convincente, ele analisará duas vezes os argumentos que a justificarem antes de a aceitar.

Existe a possibilidade de que os benefícios que se obtiverem sejam maiores que os previstos, mas existe também o risco de estes serem contrabalançados por mudanças para pior.

A inovação implica uma perda certa e um ganho possível. Por conseguinte, cabe ao hipotético reformador provar ou demonstrar que pode esperar-se que a mudança seja, em última instância, benéfica.

Consequentemente, ele prefere as inovações pequenas e limitadas às grandes e indefinidas. Em quarto lugar, ele prefere o passo lento ao rápido, e pára para observar as consequências atuais e fazer os ajustamentos necessários.

O indivíduo de temperamento conservador pensa que não deve abandonar um bem conhecido por outro desconhecido. Não gosta do perigoso e difícil; não é aventureiro; não o atrai navegar por mares desconhecidos; para ele não há qualquer prazer em encontrar-se perdido, aturdido ou naufragado.

O que os outros vêem como timidez, ele qualifica como prudência racional; o que os outros interpretam como sendo inatividade, para ele constitui uma inclinação para desfrutar em vez de explorar. É uma pessoa cautelosa e tende a indicar a sua aprovação ou desaprovação não de forma categórica, mas prudente.

Sempre que uma identidade firme é alcançada, ou sempre que a situação dessa identidade é precária, é a disposição conservadora que triunfa. Por outro lado, a atitude adolescente é, amiúde, predominantemente temerária e experimental; quando somos jovens, não há nada que nos pareça mais atrativo que correr riscos.

A relação entre amigos é sentimental, não utilitária; o vínculo é de familiaridade, não de utilidade; a atitude implícita é conservadora, não “progressista”. E o que é fundamentalmente verdade na amizade não é menos verdade em outras experiências – o patriotismo, por exemplo, ou a simples conversa -, cada uma das quais exige uma atitude conservadora como uma precondição para o seu gozo.

Consequentemente, todas as atividades em que o que se procura é o agrado resultado não do sucesso do intento, mas da familiaridade desta, constituem símbolos da postura conservadora.

Quem vê na pessoa de disposição conservadora (inclusivamente naquilo a que se chama vulgarmente de “sociedade progressista”) um indivíduo solitário que nada contra a esmagadora corrente das circunstâncias só pode ter ajustado os seus binóculos de modo a ignorar um largo campo da ação humana.

De fato, não me parece que o conservadorismo esteja necessariamente relacionado com alguma crença particular acerca do universo, do mundo ou da conduta humana em geral. Prende-se, isso sim, com crenças sobre a atividade de governar e os instrumentos do governo, e é em crenças nestes tópicos, e não em outros, que pode ser compreendido.

Naturalmente, nem todos esses sonhos são exatamente iguais; mas têm em comum o fato de que cada um deles representa uma visão das circunstâncias humanas em que as ocasiões de conflito foram eliminadas, uma visão em que a atividade humana aparece, assim, coordenada e caminhando numa só direção em que todos os recursos são utilizados na sua totalidade. Entendem estas pessoas que a função do governo é impor, aos seus súbditos, as circunstâncias humanas dos seus sonhos. Governar é transformar um sonho privado numa forma de vida pública e obrigatória. Deste modo, a política passa a ser um encontro de sonhos e, na atividade política, o governo agarra-se a esta interpretação da sua função, recebendo, por isso, os instrumentos que para ela são apropriados.

A imagem do governante deve ser a de um árbitro cuja função consiste em aplicar as regras do jogo, ou a de um moderador que dirige um debate sem participar nele.

Em resumo, a função que se atribui ao governo é a da resolução de alguns dos conflitos que são gerados por essa variedade de crenças e atividades; preservar a paz sem impor uma proibição à escolha ou à diversidade implícita do seu exercício; e sem impor uma uniformidade substantiva, a não ser mediante a aplicação de regras gerais de procedimento a todos os súditos de igual modo.

Em síntese, os segredos do bom governo provêm do protocolo, não da religião ou da filosofia; no gozo de um comportamento ordeiro e pacífico, não na busca da verdade ou da perfeição.

O guardião deste ritual será o governo, e as regras que o impõem serão “a Lei”.

Governar não tem a ver com o bem ou com o mal moral, e o seu objetivo não é fazer homens bons ou melhores; não vai buscar justificação à “perversão natural da humanidade”, é algo necessário apenas devido à tendência que há para se ser extravagante; a sua função [do governo] consiste em manter os seus  súbditos em paz uns com os outros nas atividades em que escolheram procurar a felicidade.

Por conseguinte, o conservador nada terá a ver com as inovações que se destinem, meramente, a satisfazer situações hipotéticas; optará por empregar a regra que tem a inventar uma nova; achará conveniente atrasar a modificação de regras até que seja claro que a alteração de circunstâncias que a justifica veio para ficar. Suspeitará de propostas de mudança que vão além do que a situação exige; dos governantes que peçam poderes extraordinários para a consecução de grandes modificações e cujas palavras estejam relacionadas com banalidades como “o bem público” ou a “justiça social”; e dos Salvadores da Sociedade que abracem a armadura e procurem dragões para matar.

O conservador entende que a função do governo não consiste em alimentar paixões e dar-lhe novos objetivos com que possam alimentar-se, mas sim em introduzir um ingrediente de moderação nas atividades de pessoas demasiado apaixonadas; limitar, desencorajar, pacificar e reconciliar; não atiçar o fogo do desejo, mas sufocá-lo. E tudo isto não porque a paixão seja um vício e a moderação uma virtude, mas porque a moderação é indispensável se se quiser evitar que homens apaixonados sejam aprisionados por conflitos que os frustrem mutuamente.

Um árbitro que é ao mesmo tempo um dos jogadores não é um árbitro; as regras acerca das quais não somos conservadores não são regras, mas incitamentos à desordem; a união entre sonhos e governo gera tirania.

A política é uma atividade inadequada para os jovens, não devido aos seus vícios mas sim devido ao que eu considero serem as suas virtudes.

Os tempos de juventude de toda a gente são um sonho, uma loucura deliciosa, um doce solipsismo. Nesse tempo, nada tem uma forma fixa, um preço fixo; tudo é possível e vive-se numa felicidade a crédito. Não há obrigações a respeitar, não há contas a fazer. Nada há que se especifique de antemão; cada coisa é o que se pode fazer dela. O mundo é um espelho em que procuramos o reflexo dos nossos próprios desejos. A tentação das emoções violentas é irresistível. Quando somos jovens, não estamos dispostos a fazer concessões ao mundo; nunca sentimos o contrapeso de algo nas nossas mãos - a menos que seja um bastão de críquete.

* Os trechos acima pertencem ao ensaio "Ser Conservador", de Michael Oakeshott, que pode ser lido na íntegra aqui. Meu trabalho foi apenas pinçar o que considerei as melhores passagens para quem tem menos tempo disponível. Aos demais, recomendo a leitura completa. http://rodrigoconstantino.blogspot.com.br/2013/05/ser-conservador.html

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A Igreja e o Direito

Escrito em por . Atualizado em 07/07/2015 15:46h.
Daniel Fich
Por: Daniel Fich
Daniel Fich de Almeida é membro da ANAJURE e pastor vice-presidente da Igreja Assembleia de Deus de Ibiaçá/RS. E-mail: danielfich@bol.com.br

"E chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhes: Ouve, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos; e aprendê-los-eis, e guardá-los-eis, para os cumprir." Deuteronômio 5:1

Desde a Idade Antiga sempre apareceram grupos que defendem, equivocadamente, a inimizade entre o direito e a Igreja. No entanto, desde a origem da Igreja, se percebe a presença do elemento jurídico nela e a presença dela no mundo jurídico.  Prova disso é que o próprio Deus entregou a Moisés o Decálogo (Ex. 31.18).

É inegável que muitos assuntos tratados nas leis hebraicas são reproduzidos no ordenamento jurídico contemporâneo. E isso não se deve ao acaso. Todos os valores, sentimentos, e inclusive normas sociais, advém do pensamento e regras religiosas, especialmente do modelo judaico-cristão, apesar de muitos negarem isto.

Se no Antigo Testamento Deus estabelece regras, os Evangelhos demonstram que Jesus não se opunha às leis dadas por Deus a seu povo. Ao contrário, afirmava que não veio revogá-las, mas cumpri-las (Mt 5:17). A oposição radical de Jesus não se dirige à lei, mas à interpretação que era realizada pelos escribas e fariseus, que corromperam seu sentido original. Com relação à lei humana, a atitude fundamental de Jesus é de obediência, como demonstra a sua resposta acerca do tributo a César (Mt 22:21).

Pois bem, sabemos que as leis são elaboradas por legisladores e felizmente a igreja possui ampla representação junto aos poderes constituídos a fim dar equilíbrio ao processo legislativo. No entanto, no nosso sistema constitucional, embora os poderes sejam interdependentes, cada poder possui funções atípicas. Por exemplo, o judiciário, a quem cabe aplicar a lei, pode legislar atipicamente.

E aí surge o desafio: Se possuímos uma considerável representação nos poderes legislativos, no judiciário ela é quase inexistente. Exemplo de resistência e defesa dos valores cristãos no judiciário, o Procurador da República, Dr Guilherme Schelb adverte: “Toda a doutrina de direitos humanos no Brasil e EUA, assim como a jurisprudência no Supremo Tribunal Federal (STF) está contaminada pelo marxismo cultural. Para estes, a 'revolução' deve ocorrer paulatinamente, por meio de sutis e progressivas mudanças culturais, especialmente por meio de decisões de Tribunais e da Educação. Vejam o exemplo do movimento político-ideológico gay: no início pleiteavam o reconhecimento de direitos civis aos homossexuais, mas, era só um pretexto. Hoje propõe a mudança de sexo para crianças (PLC 5002/2013, Câmara Deputados) e a proibição do uso dos termos 'mãe' e 'pai' na identificação civil de crianças e adolescentes (Estatuto da Diversidade da OAB); 

Assim como no tempo de Jesus, os escribas e fariseus corromperam o sentido original da lei, hoje vemos a legislação brasileira caminhando de braços dados com o relativismo moral e a secularização.

Oremos para que Deus instrumentalize homens e mulheres comprometidos com os princípios cristãos para combaterem o bom combate e fazerem a diferença nesse contexto. Essa também é uma batalha da Igreja.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O Legado de Thatcher

Em   Por Rodrigo Constantino

thatcher
Em 1925 nascia Margaret Thatcher, filha de um pequeno comerciante e que se tornaria a maior estadista do século XX, mesmo concorrendo com gigantes como Churchill e Reagan. Ela faria 90 anos hoje, se estivesse viva. Abaixo, uma justa homenagem à “dama de ferro”, uma mulher de verdade que mudou o mundo para melhor. Primeiro com uma resenha que escrevi do pequeno livro de Niall Ferguson sobre Thatcher, e depois com uma palestra que proferi sobre seu legado:
Thatcher: a prova de que indivíduos fazem a diferença
Em um livro extremamente conciso, o historiador econômico Niall Ferguson fez um ótimo resumo da trajetória e da importância de Margaret Thatcher para o Reino Unido e o mundo. Ler Always Right (por US$ 2,66) é tarefa de apenas uma hora, e o investimento tem alto retorno. Serve para manter acesa a chama da esperança.
Afinal, os historiadores modernos tendem a negligenciar a importância de atos individuais no curso da história, mas eles fazem toda a diferença, como reconhece Ferguson. Muitos esquecem como estava a Inglaterra naquela época. A inflação chegou a quase 30% em 1975, o clima era de desesperança, os britânicos flertavam com o socialismo e as greves eram diárias, enquanto os serviços públicos simplesmente não funcionavam.
Thatcher surgiu em cena alegando categoricamente que seu trabalho era impedir que o Reino Unido virasse vermelho. Seu discurso era agressivo contra o status quo, não uma contemporização moderada e em cima do muro. Rejeitava clara e abertamente o modelo de estado paternalista e centralizador, que ditava os rumos da economia e da vida dos cidadãos.
Cada um deveria ter o direito de trabalhar com o que quisesse para se sustentar, gastar seu salário como lhe aprouvesse, ter sua propriedade garantida e protegida. O estado passaria a ser visto como o servidor do público, e não seu mestre. Eis a essência de uma economia livre. E era nisso que Thatcher dizia acreditar sem rodeios.
Sua retórica era quase escatológica: “Não existe alternativa”. Foi o que declarou em 1980. Ou os britânicos mudavam radicalmente a direção, ou afundariam. Havia resistência a esse “radicalismo” mesmo em seu partido, mas Thatcher deixou claro para os colegas Tories: “Vocês mudem o curso se desejarem, mas essa senhora não é de mudar o curso”. Ela sabia o que devia ser feito, e estava disposta a fazê-lo, mesmo pagando o preço.
O pano de fundo ideológico foi importante para suas mudanças. O Institute of Economic Affairs, criado em 1955, foi fundamental para divulgar os valores da economia de mercado, e seus líderes tiveram papel importante na formação econômica da própria Thatcher.
O papel da imprensa também foi importante. Os proprietários e editores de jornais, como Rupert Murdoch e Conrad Black, ou Charles Moore da Spectator, tiveram coragem de bancar as reformas necessárias mesmo contra a oposição organizada da esquerda reacionária que temia perder privilégios. Foram soldados importantes na batalha liderada por Thatcher.
Uma revolução capitalista ocorreu no país. Uma onda de privatizações permitiu incrível melhoria nos serviços, os ativos se valorizaram e o próprio povo se beneficiou disso como acionista, a inflação foi derrotada e a classe média se fortaleceu muito. Sacrifícios foram necessários no curto prazo, mas valeram muito a pena. O Reino Unido voltava ao posto de líder da Europa, após grande decadência.
Mas a economia está longe de ter sido a única fonte de revolução do Thatcherismo. Os trabalhistas, na época, defendiam o desarmamento nuclear unilateral da Inglaterra, o que poderia ter sido fatal ao país. Thatcher não iria amolecer com os comunistas, e é preciso lembrar que ainda se vivia na Guerra Fria, sem expectativa de término iminente.
A postura de Thatcher nos assuntos externos era realista e firme. Foi assim nas Falklands com a Argentina, mesmo quando até Reagan parecia não dar apoio; foi assim na questão do IRA na Irlanda; na permissão a Bush (pai) para usar as bases militares inglesas contra o Iraque; ou mesmo na percepção de que, com Gorbachov, havia a possibilidade de diálogo. Intransigente e pragmática na medida certa.
A mudança cultural também foi relevante. A famosa frase “não existe sociedade, apenas indivíduos” precisa ser colocada em contexto. Thatcher defendia a ajuda ao próximo, a preocupação com o entorno, mas rejeitava veementemente a dependência estatal, ou seja, mecanismos de incentivo inadequados que premiavam o “parasita” em vez do trabalhador. O “estado-babá” não teria mais vez com ela.
Em suma, como resume Ferguson, Thatcher estava certa sobre as principais coisas importantes. Sobre as máfias sindicais, sobre a inflação como fenômeno monetário, sobre as indústrias nacionalizadas como obstáculo ao progresso, sobre a ingenuidade dos trabalhistas na questão da Guerra Fria, sobre a importância da integração comercial na Europa, sobre a oposição à moeda comum etc.

O liberalismo, a moral, a cultura e a sociedade (Deficiências liberais)

Sobre Valores e Princípios (liberais)


Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas; que todos os homens são criados iguais; que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis; que entre estes estão vida, liberdade e busca da felicidade. (Declaração de Independência dos Estados Unidos)
Uma frase de Hayek, que publicamos no último dia 11, gerou alguma celeuma no Facebook, a partir do comentário de um leitor, que atribuiu a ela um viés relativista.  Eis a frase:
“Uma sociedade que não reconhece que cada pessoa tem valores próprios, os quais ela tem o direito de seguir, não respeita a dignidade do indivíduo e não conhece realmente a liberdade.”
Segundo o comentarista, se dermos plena liberdade para que cada um siga os próprios valores, nada impediria que, em nome de certos valores, alguns indivíduos saíssem por aí, por exemplo, escravizando ou assassinando outros.
A confusão é plenamente justificável, a partir da utilização de conceitos equivocados.  Qualquer um que conheça, ainda que apenas superficialmente, a filosofia de Hayek sabe que a interpretação dada pelo leitor para aquela sentença não corresponde à verdade.  Porém, como muitas vezes falamos para pessoas que ainda não foram introduzidas a certos conceitos básicos do liberalismo, vale a pena uma breve explicação.
Antes de qualquer outra coisa, deixe-me esclarecer o significado de princípios e valores, já que uma certa confusão entre os dois conceitos costuma ser frequente, principalmente quando os termos não são bem definidos.
Colocando de forma simples e prática, valores são medidas variáveis e/ou escalares – dependentes de avaliações pessoais subjetivas – da importância que se atribui a um objeto, sentimento, qualidade, virtude, vício, atividade, etc. Assim, os valores estão voltados ao escalonamento de prioridades de cada indivíduo em relação à própria vida e à busca da felicidade.  Uns darão mais ênfase à vida profissional, e menos à vida pessoal.  Alguns colocarão o aprimoramento espiritual acima da prosperidade material. Certas pessoas darão prioridade à busca pelo conhecimento, enquanto outras preferirão o entretenimento.  Para uns, o trabalho terá preferência sobre o lazer e vice-versa.
Já os princípios dizem respeito a meios, a formas de conduta. O princípio da “não agressão”, por exemplo, é um preceito fundamental para os liberais.  Ele é derivado do respeito a certos direitos (chamados naturais) inalienáveis de todo ser humano: os direitos à vida, à liberdade e à propriedade (inclusive, e principalmente, sobre o próprio corpo).
Das duas conceituações acima, podemos concluir que, para os liberais, você pode fazer o que bem quiser com sua vida, sua liberdade e sua propriedade, de acordo com os seus valores subjetivos, desde que você não inicie agressão contra a vida, a liberdade ou a propriedade de ninguém.  Ao Estado, por conseguinte, cabe zelar pela integridade daqueles direitos, impedindo as pessoas de utilizar meios que atentem contra a vida, a propriedade e a liberdade uma das outras, sem interferir, entretanto, na consecução dos objetivos ou na conduta moral de cada um.
Portanto, a frase de Hayek poderia ser complementada pela frase que postamos no dia seguinte, da lavra de William O. Douglas:
“O direito de ser deixado em paz é, na verdade, o começo de toda a liberdade.”
O que as frases de Hayek e Douglas sintetizam de maneira brilhante é que cada indivíduo é mais importante que qualquer coletividade. Estados, igrejas, empresas e associações diversas são apenas ferramentas utilizadas pelos indivíduos para alcançar certos objetivos comuns. Para os liberais, uma organização social é boa quando seus povos são formados por pessoas livres, sem entraves em seus caminhos na busca da felicidade, desde que respeitados os mesmos direitos dos demais.
Diferentemente de esquerdistas e certos conservadores, os liberais não pretendem fabricar a felicidade, o bem-estar ou a moralidade de ninguém por meio da coerção estatal ou de qualquer instituição ou associação que domine e reprima o indivíduo, independentemente de suas escolhas.
Tal pretensão leva, invariavelmente, a uma confusão entre meios e fins. Uma das razões por que os liberais têm imensa desconfiança em relação aos poderes do Estado está no fato de que este, não raro, utiliza a violência como um meio de tentar atingir os objetivos de felicidade ou bem-estar geral, relegando a liberdade ao segundo plano.
Finalmente, os liberais são avessos à coerção porque entendem que os seres humanos devem ser livres para escolher o seu próprio caminho, de acordo com os respectivos valores e prioridades de cada um, às vezes errando, outras vezes acertando. Até porque, a liberdade e a busca pela felicidade são inseparáveis.  Ninguém conhece melhor os seus desejos mais íntimos e suas próprias circunstâncias que o indivíduo.
Em síntese, o liberal não pretende impor regras ou sanções sobre o trabalho, as crenças, os discursos, as roupas, as manifestações artísticas, o consumo, as trocas ou o comportamento sexual de quem quer que seja. Acima de tudo, somos contra a utilização dos poderes do Estado na tentativa de criar idealizações terrenas de sociedades perfeitas.
Fonte: http://www.institutoliberal.org.br/autor/joao-luiz-mauad/