quinta-feira, 28 de agosto de 2014

LEI DE COLSON (CHUCK COLSON) - AS GUERRAS CULTURAIS



É uma das leis mais fundamentais da história humana. Ela sempre foi verdadeira, e sempre será verdadeira, a menos que a própria natureza humana mude em sua essência.

Poderia ser também chamada de Lei dos Quatro Cs: Community, Chaos, Conscience e Cops (Comunidade, Caos, Consciência, Policiais). É mais fácil memorizá-lo visualmente, pelo quadrado das oposições ou quadrado lógico: 


Comunidade e Caos são opostos "verticais" do bem versus mal, enquanto Policiais e Consciência são opostos "horizontais" de dois bens. Comunidade e Caos são forças inerentemente opostas, como exércitos em guerra. Policiais e Consciência são duas armas ou estratégias possíveis do exército de defesa (Comunidade) contra o exército de ataque (Caos). Os dois pares de opostos são inversamente proporcionais, mas opostos "verticais" necessariamente se opõem (Caos e Comunidade destroem um ao outro), enquanto que os opostos "horizontais" não. Na verdade, policiais e consciência são muitas vezes complementares. Mas a necessidade de um deles diminui na medida em que a oferta do outro aumenta: quanto mais consciência tem uma comunidade, menos policiais ela precisa e quanto mais policiais ela tem, menos ela precisa contar com a consciência.

O caos é para uma comunidade, o que a doença é para um corpo (pois o corpo político também é um corpo: sua unidade é orgânica, em vez de artificial). A comunidade integra, o caos desintegra. A comunidade é coerência, o caos é incoerência. A comunidade é construção, o caos é desconstrução (uma filosofia inteira, nos dias hoje, se chama orgulhosamente pelo mesmo nome desse processo).
Uma comunidade é uma unidade orgânica porque é um microcosmo, uma pequena imagem do próprio universo. Embora Deus tenha criado o Universo desde fora, ele o projetou para que se mantivesse ordenado desde dentro, "naturalmente", por sua própria força interna de unidade, e não escorado por forças externas. Como uma comunidade humana, o "universo" é o paradoxo de um "um" ("uni") em "muitos" ("versa") ou de "muitos" em "um". Como o universo, uma "comunidade" é o paradoxo de uma "comum unidade" de muitos indivíduos e subgrupos unidos em um trabalho comum, por um propósito comum e compartilhando um valor comum.

Agostinho definiu a alma unificante de uma comunidade (civitas, "cidade") como o amor comum. Portanto, existem essencialmente apenas duas "cidades", a Cidade de Deus (os que amam a Deus) e a Cidade do Mundo (adoradores do mundo, idólatras). Uma comunidade, assim como um indivíduo, pode verdadeiramente invocar a bela fórmula de Agostinho - "amor meus, pondus meum" - meu amor é o meu peso, minha gravidade, meu destino. Minha densidade é meu destino (lembre da confusão linguística da cantada de George McFly em De Volta para o Futuro).

Vamos fazer uma analogia do nosso corpo social com nosso corpo individual. O corpo humano tem duas defesas contra as doenças: internas e externas, natural e artificial, preventiva ou corretiva. Se ele perde sua imunidade interna à doença, necessita de medicamentos, cirurgia ou muletas para ampará-lo desde fora, para compensar sua desintegração interna. Um deficiente físico precisa de muletas pelo mesmo motivo que pecadores precisam de igrejas. A religião é de fato uma muleta, uma arma de defesa, um escudo.

E os corpos sociais, assim como os individuais precisam de defesas. Assim como o corpo físico, o corpo político tem duas defesas contra o caos: o escudo externo é a "lei positiva", isto é, a lei humana, que é fisicamente imposta pelos policiais. A defesa interna é a "lei natural", a lei moral, não feita pelo homem, mas por ele descoberta, que é imposta espiritualmente pela consciência.

A defesa interna é feita de liberdade: a defesa externa é feita de força. A defesa interna é o amor - o amor ao bem. A defesa externa é o medo - o medo da punição. E o amor é livre, enquanto o medo não é.

A Lei de Colson dita que uma comunidade com menos "policiais internos" precisa de mais "policiais externos". Os Fouding Fathers dos Estados Unidos perceberam isso e repudiaram um estado não-livre, baseado primeiramente no "policiamento externo". Eles disseram explicitamente que a democracia livre que estavam desenvolvendo era projetada somente para um povo moral. As pedras fundamentais de uma democracia são consciências.

Mas o paradoxo da democracia é que embora ela seja fundada sobre a premissa de sólidas consciências morais, ela tende a produzir consciências morais fracas, pela sua própria permissividade. A maximização da liberdade na democracia (no sentido de baixo policiamento) depende de sua submissão voluntária à consciência, porém essa liberdade de não ter policiamento nos deixa tentados a nos livrarmos da consciência também. E então, paradoxalmente, este excesso de liberdade externa, de liberdade física, requer mais policiamento para evitar o caos interno e espiritual (que resulta no caos público externo, mais cedo ou mais tarde). Assim, temos mais policiamento e menos liberdade, pois os dois tipos de liberdade - de consciência e de policiamento - também são inversamente proporcionais. Quanto mais houver de um, menos você precisa do outro (Pense bem nisso!)

A Lei de Colson afirma que as únicas alternativas à consciência são a polícia ou o caos. Se a defesa interna é diminuída, o escudo externo deve ser aumentado para prevenir o caos. Portanto, uma democracia que perde sua consciência se tornará, necessariamente, um totalitarismo.

Isso tudo deveria ser óbvio, mas parece chocante à maioria dos americanos. E, esse fato em si é chocante.

A ideia de os Estados Unidos se tornarem totalitários parecerá absurda à maioria dos americanos, mas isso é porque eles esquecem que existe tanto o "totalitarismo duro", bem como o que Tocqueville chamou de "totalitarismo suave", de que existe um Admirável Mundo Novo e um 1984. A ditadura do que Rousseau chamou "a vontade geral", isto é, a opinião popular, pode ser tão totalitária quanto a ditadura de qualquer rei ou tirano e muito mais difícil de derrubar, especialmente quando manipulada por uma mídia poderosa e ideologicamente unida. A mídia é mais poderosa do que os militares e a caneta é, sem dúvida, mais forte que a espada.

Os policiais em um "totalitarismo suave" empunham canetas em vez de espadas - por exemplo, códigos de discurso que veem "hate speech", "extremistas de direita" e "homofobia" em mais lugares do que os inquisidores medievais viam demônios e bruxas.

A Lei de Colson é baseada na observação da história. Não é ideológica e, portanto, não pressupõe nem conservadorismo, nem esquerdismo. Os esquerdistas e os conservadores discordam apenas nos acidentes da Lei de Colson e não na essência. Existem diferenças muito significativas entre esquerdistas e conservadores, é claro. Os esquerdistas têm menos confiança nos policiais do que os conservadores. E, muito mais importante, os esquerdistas de hoje, normalmente pensam que a consciência tem sua origem na sociedade e não em Deus ou na natureza humana e na "lei natural". Mas eles concordam com os conservadores que é melhor a consciência do que os policiais para proteger a comunidade do caos e, assim, eles também concordam, em geral, que a sociedade precisa de mais educação moral. Desse modo, uma nova união de esquerdistas e conservadores que desejam ensinar valores e até mesmo virtudes, pode estar se formando.

(...)

Os santos sempre entram nos guetos, especialmente nos guetos morais. Eles fazem ondas. Moisés fez ondas. Jesus fez ondas. (...). As ondas fazem o lixo subir até a superfície e as ondas de lixo muitas vezes afogam os santos e os fazem mártires, glóbulos brancos que se doam para lutar contra uma infecção. Os santos são os glóbulos brancos da sociedade, os salvadores da sociedade. Se ninguém quer crucificá-lo, você não está fazendo o seu trabalho. Ou então o seu trabalho não é obra Dele.

Trechos do Livro "Como Vencer A Guerra Cultural" de Peter Kreeft da editora Ecclesiae

Como arquitetar respostas para esquerdistas?


respondendoesquerdistas
A maioria das pessoas de direita erra na interação com esquerdistas, pois tendem a pensar na linguagem como a usamos no cotidiano: como uma ferramenta. Como sempre digo, o esquerdista entende a linguagem como se fosse uma arma, a ser usada de forma política o tempo todo. Isso, é claro, em qualquer interação relacionada à política pública.
É aí, nesta comunicação estrategicamente planejada (por parte dos esquerdistas), junto com a falta de revide no mesmo nível em termos de estratégia política, que reside a maior parte do sucesso da esquerda.
A forma pela qual isso pode ser resolvido é pela compreensão de qualquer interação com o esquerdista como se fosse um jogo, no qual deve-se conquistar espaços na cabeça dos neutros e aqueles ao seu lado da plateia, a partir do controle de frame, dentro, é claro, dos paradigmas da guerra política.
Hora de partirmos para um estudo de caso. No Facebook, Marcelo Tas postou uma imagem de uma torcedora alemã que parecia muito bonita enquanto estava com a mão no rosto. Mas em outra imagem, a coisa não era bem assim…
Particularmente, eu achei a brincadeira deselegante. Mas não era para começar uma ladainha em torno do bullying e do discurso feminista, que um amigo meu rejeitou. Ao criticar o politicamente correto, esse meu amigo recebeu a  seguinte mensagem de uma feminista que frequentava o fórum:
Nunca li tanta besteira em uma só frase, X (1). Primeiro: sim, fui doutrinada com a mentalidade do politicamente correta, pois meus pais me deram educação (2) e me ensinaram honestidade (3). Não era pra ser assim? Não sou perfeita mas sei como é sofrer bullying (4) – nunca sofri, mas me coloco na situação dos outros – e sei que isso DESTRÓI VIDAS (5). Segundo: QUALQUER MOVIMENTO que pregue a igualdade e a liberdade, seja ele feminista ou não (não sei de onde você tirou essa idéia de que meu comentário é feminista (6), uma vez que estou defendendo a moça e em momento algum a igualdade de sexos) é bom (7). Seja grato por seus antepassados escravos e revolucionários por você estar onde está hoje (8).
Enfim, você pensa que o bloquinho acima compõe comunicação sincera? Nem de longe. Tudo é arquitetado nos mínimos detalhes para gerar capitalização política.
Vamos aos estratagemas:
  1. Snark: método de ridicularização do oponente com desqualificação do que o outro fala, fazendo uso de um quantificador universal a la “Lula” (a técnica do “nunca antes”).
  2. Orgulho de posição: técnica onde alguém diz em público que sua posição deve ser digna de orgulho.
  3. Honestidade: rótulo positivo onde ela se auto-atribui honestidade. Lembre-se: toda rotulagem já é parte do controle de frame.
  4. “Amiga” de quem sofre bullying: princípio 6 da arte da guerra política (se posicionar do lado dos “oprimidos”).
  5. Lançamento de culpa: através da falácia da bola de neve, ela culpa o oponente por “vidas destruídas” por causa do bullying.
  6. Igualdade e liberdade: uso de rótulos a esmo, sem o menor sentido, apenas para obter o efeito psicológico na audiência.
  7. Monopólio da virtude: método onde alguém diz que sua posição é inerentemente boa, e, portanto acima de julgamento.
  8. Shaming: uma tacada ao final para dizer que o sujeito é contra aqueles (feministas) que lutaram para ele ter liberdade.
Em suma, tantos métodos, rotulagens e diversas outras formas de se controlar o frame, todas elas desonestas, não podem ser coincidência.
As palavras da esquerdista comprovam que eles tem plena noção de que estão em um jogo, enquanto a maioria de seus oponentes, da direita, muitas vezes não reconhecem a existência de um jogo.
Sugiro utilizarmos um framework onde transformamos a interação com os esquerdistas em uma espécie de jogo, cujas regras podem ser encontradas aqui.
Veja que tipo de resposta poderia ser dada a esta esquerdista:
Nunca vi tanta hipocrisia em tão poucas linhas. Tenho orgulho de ter uma educação que é contra hipocrisia e cinismo, ao contrário de você. Banalizar o bullying é um desrespeito com as verdadeiras vítimas de bullying. Esse tipo de discurso totalitário, censurando a opinião alheia, causou a maior contagem de mortos da história, por isso temos que demonstrar para os outros que o uso de recursos sujos, como são os truques feministas, é sempre imoral. Também é muito podre usurpar os méritos do iluminismo, que trouxe a igualdade de direitos para todos, sem precisar de discursos de ódio como fazem as feministas. Se hoje temos igualdade de direitos, os méritos vão para o livre mercado, e isso está provado em nossas sociedades. Sou grato pelos meus antepassados iluministas, que são os únicos responsáveis por você poder falar livremente. Se dependessemos dos fundamentalistas da esquerda, como você, viveríamos igual países totalitários, que desvalorizam as mulheres e possuem escravos até hoje.
Este é o tipo de resposta a ser dada ao esquerdista. Claro que os leitores podem sugerir variações, mas os componentes principais estão aqui:
  • Não há defesa, praticamente, mas ataque, assim como a esquerdista havia feito. Este é o princípio 3 da guerra política, que nos diz que o agressor geralmente prevalece. Lembre-se: você pode se defender, mas sempre atacando.
  • Acusando a oponente de banalizar o bullying, pode-se tirar a moral dela como “defensora de quem sofre bullying”.
  • Posicionando o iluminismo como merecedor dos méritos pela liberdade que temos hoje, pode-se posicionar feministas como usurpadores de méritos alheios, o que configura hipocrisia.
  • Ao posicionar o feminismo como esquerdista (e sempre foi), basta mostrar que o livre mercado é responsável pela nossa liberdade. Ou seja, se há liberdade e igualdade de direitos, nós ganhamos e os esquerdistas perderam.
  • Ao mencionar a maior contagem de mortos da história, mostramos que é difícil existir mais devastação do que aquela causada por aqueles que usam hoje o discurso do politicamente correto.
  • Demonstrar sempre que em termos éticos e morais, o oponente está em degrau inferior.
  • Deve-se mostrar orgulho pela sua posição.
Note que esses são apenas alguns componentes, que devem estar embutidos nas respostas que lançamos contra eles. E tudo, como já disse, como se fosse uma espécie de jogo.
A partir do momento em que entendemos que o jogo começou a partir do momento em que um esquerdista iniciou sua interação conosco sobre qualquer questão da política pública, temos que jogar com as regras do mesmo jogo.
Após entendermos a interação com esquerdistas como se fosse um jogo, assim como assimilarmos que nossa missão é vencer tantas batalhas políticas quanto possível (e qualquer interação com eles diante de uma plateia é uma batalha), recomendo os vídeos abaixo. (Um é de Silvio Medeiros, abordando os métodos de David Horowitz, e outro com Ben Shapiro, sobre 11 regras de como debater com esquerdistas).


Fonte: http://lucianoayan.com/2014/07/15/como-arquitetar-respostas-para-esquerdistas/

Máquina de doutrinação em defesa do relativismo moral e da bandidagem

Isso NÃO é um coitado em busca de comida!
Isso NÃO é um coitado em busca de comida!
Jantar em família é algo que não abro mão. É neste momento que podemos conversar melhor com os filhos, e eles aprendem também sobre postura diante dos outros, limites de comportamento e a dialogar (escutar além de falar). Nesta quarta o clima foi quente, mas a lição, creio, fundamental. Minha filha adolescente chegou com um discurso em prol do relativismo moral, alegando que não sabe o que faria se fosse pobre, e que talvez seja compreensível esses marginais roubarem por desespero.
Senti, imediatamente, que não era ela falando, mas alguma professora de esquerda. Líquido e certo. Ela confessou que tinha escutado isso da professora naquele dia. A doutrinação começa cedo, cada vez mais cedo, e mesmo em escolas particulares e tradicionais. Todo cuidado é pouco. Iniciei, portanto, o processo de desintoxicação para torná-la mais imune a essa tentativa abjeta de lavagem cerebral.
Primeiro, expliquei que “furto famélico”, de que ela falava, era coisa muito rara atualmente. Ninguém mais rouba na penúria só para comer, por fome, ainda mais em país em “pleno emprego” e com esmolas estatais para todo lado. Os galalaus roubam por vários outros motivos, não por desespero causado pela falta de comida.
Em segundo lugar, perguntei se ela achava que realmente seria capaz de apontar uma arma para a cabeça de um inocente, pelo motivo que fosse. Conhecendo os valores absorvidos por ela e sua empatia para com o próximo, já sabia a resposta. Após rápida reflexão, ela teve de admitir que não se imaginava fazendo nada disso, mesmo em desespero.
Passei, então, a explicar que há basicamente dois grupos de pessoas: os que têm valores e dignidade, e os que não têm. E não é a conta bancária que os separa! Mostrei como seu discurso era, inclusive, ofensivo para com nossa empregada, que dá um duro danado para se manter com honestidade e dignidade. Lembrei que a maioria dos moradores de favelas é gente trabalhadora, apesar do entorno, e que muitos bandidos são de classe média, alguns até graduados.
A narrativa de vitimização da bandidagem não é algo novo. Desde os anos 1960 que isso começou a ganhar força. Teve até um livro famoso que falava do “crime da punição”, ou seja, o crime verdadeiro era prender o bandido! A tentativa de retirar a responsabilidade individual por seus atos vem de longa data, com a adesão maciça de muitos sociólogos, psicólogos, antropólogos, enfim, a turma das “humanas”. O criminoso, dizem, é uma marionete da biologia, visto como um objeto em vez de sujeito, ou uma esponja do ambiente, incapaz de decidir por conta própria, de escolher seu curso de ação.
Por acaso estava lendo ontem o livro Not With a Bang But a Whimper, do psiquiatra britânico Theodore Dalrymple, que fala justamente disso. Ele viu a Inglaterra deixar de ser um país relativamente pacífico e com uma polícia admirada para se transformar no país com os piores indicadores de criminalidade do Ocidente desenvolvido. Por trás disso está o relativismo moral e o clima de impunidade produzidos pelas elites intelectuais.
A relação entre crime e pobreza não é direta, tampouco causal – linha de raciocínio “progressista” que é bastante ofensiva aos pobres honestos, em maioria numérica. O crime é uma escolha. O Zeitgeist contribui com as más escolhas, ao eximir o bandido de responsabilidade, ou ao relativizar o que é certo ou errado. O ranço marxista joga mais lenha na fogueira, ao atacar o “sistema” e tratar o criminoso quase como um rebelde legítimo que busca “justiça social”. O roubo, por essa ótica bizarra, passa a ser uma espécie de “política redistributiva”.
Dalrymple trabalhou em prisões e tratou de milhares de criminosos. Conheceu de perto o estrago que tal mentalidade causa nessas pessoas, e como serve de pretexto e álibi para seus atos criminosos. “Não tenho como evitar”, “não consigo me controlar”, “eu apenas roubei, nada mais”, “quem nunca errou?”, e por aí vai. Mas ele mostrava para esses marginais que não eram vítimas, e sim agressores, e que nas prisões sabiam se controlar, sob a ameaça de punições. O comportamento depende do mecanismo de incentivos, assim como dos valores morais.
Há, ainda, aspectos mais prosaicos, como os altos gastos públicos e a tentativa de reduzi-los justamente nas esferas mais necessárias, como as prisões. Ocorre, então, um relaxamento das penas, e muitos bandidos são soltos antes do prazo estipulado. Dalrymple conta casos chocantes, e não são isolados. Marginais que espancaram gente inocente gratuitamente, destruindo suas vidas e de suas famílias, com sequelas eternas, e que foram soltos em poucos meses. Que mensagem isso transmite para os jovens, sabendo-se, ainda por cima, que um curto tempo na prisão é visto até como um “rito de passagem” e motivo de orgulho para muitos deles?
São muitos interesses por trás desse sistema fracassado, porém. O aparato envolvido nisso é gigantesco. A quantidade de “especialistas em criminologia” não para de crescer. Não parece coincidência o enorme crescimento dessas profissões em paralelo à explosão da criminalidade. Será apenas um efeito, ou seria parte da causa?
O fato é que nenhum desses especialistas ganha créditos sugerindo que a punição severa é parte fundamental de uma sociedade civilizada. Tal discurso é visto com asco pelos “ungidos” de esquerda, que demonstram toda a sua compaixão e bondade ao “compreender” os motivos dos criminosos, e ainda acusar os Estados Unidos, com sua grande população carcerária, de o “Gulag das Américas”, como se não houvesse distinção entre a União Soviética e os Estados Unidos. Alguns, como fez Francisco Bosco ontem, colocam tudo na conta do racismo das elites.
Quando Dalrymple era moleque, roubou um chocolate de uma loja e contou para o irmão mais velho. Era uma tentativa de mostrar “bravura” e conquistar o respeito do irmão. Em uma briga, dedurou algum malfeito do irmão, que, por sua vez, entregou seu crime aos pais. Sua mãe o levou à loja e o obrigou a pedir desculpas ao dono e pagar pelo roubo. Um tanto humilhante. Alguns podem, nos estranhos tempos modernos, considerar tal ato um exagero. Afinal, era “apenas” um chocolate e ele, “apenas” uma criança. Nada mais falso!
É esse tipo de educação que faz tanta falta. Impor limites, demarcar claramente o certo e o errado, com clareza moral. Pegar o que não lhe pertence é roubo, e ponto final. Deve ser punido, visto como inaceitável, e isso não tem nada a ver com a situação financeira das pessoas. Podemos considerar um atenuante o fato de um miserável faminto furtar comida de algum mercado, mas não é disso que se trata a explosão da criminalidade, e tentar pintar o quadro como se fosse é fruto de profunda ignorância ou extrema má-fé.
Marmanjos que roubam e às vezes matam por um par de tênis ou um celular, em busca de poder, de destaque em sua comunidade, não podem jamais ser vistos como vítimas ou coitadinhos desesperados. São bandidos, marginais que optaram pelo caminho errado, e merecem ser punidos por isso, pois a impunidade é o maior convite à reincidência no crime. Espero que minha filha tenha absorvido bem a lição. Sua professora vai ter dificuldade em doutriná-la com o manual relativista dos “progressistas”. Para cima de mim, não!
Rodrigo Constantino

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Criação em Rima

8 Frases do seriado Chaves que poderiam ter saído da Bíblia


Uma pausa para o humor!!! Pois no ultimo dia 24, o seriado de humor “Chaves” apresentado pelo canal de  TV SBT completou 30 anos no Brasil.

Para comemorar os 30 anos de CHAVES, confira 8 Frases do seriado que poderiam ter sido tiradas da Bíblia:



“A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena." 
- Provérbios de Seu Madruga;


“Quem come tudo e não divide nada acaba com a barriga inchada.” 
- Chaves, sobre amar o próximo;


“As mulheres são assim: começam ficando com o chapéu e acabam ficando com a carteira." 
- Mais um provérbio de Seu Madruga, sobre a mulher que não edifica a casa;


"Não há nada mais trabalhoso do que viver sem trabalhar!" 
- Provérbios de Seu Madruga;


"As pessoas boas devem amar seus inimigos." 
- Seu Madruga, sobre Mateus 5:44;


"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!" "Por quê?" "Porque não estou vendo ele!" 
- Chaves, a definição de fé;


"Eu vou comprar roupas pra todo mundo que precisa de roupa, como aquelas pobres senhoras que aparecem naquelas revistas que o senhor lê..." 
- Chaves, bondade e amor ao próximo;


"Prefiro morrer do que perder a vida". 
- Chaves, parafraseando Marcos 8:35.

Li no facebook - Profeta Erezias
Via http://reformandome.blogspot.com/2014/08/8-frases-do-seriado-chaves-que-poderiam.html

DEPRESSÃO

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Como matar coelhos numa cajadada só. . .

Eu nunca me surpreendi com as declarações de muitos teóricos do evolucionismo darwinista a respeito do aborto e da eutanásia: porque o evolucionismo não é uma ciência, mas uma gnose, um ocultismo que alimenta o mito da falsa perfectibilidade do homem. Quem não se adéqua aos padrões de perfeição idealizados deve morrer. A história do evolucionismo biológico e sua correlata política de eugenia é uma sucessão de crimes monstruosos, sob a aparência dogmática de ciência. A teoria da evolução, tal como o comunismo, o nazismo, o fascismo e outras doutrinas totalitárias, é filha da ideologia do culto idolátrico do progresso e da ladainha fantasmagórica de que a história tenha algum processo evolutivo, ainda que ninguém explique aonde esse processo vá chegar e por quais padrões se pode chegar a essa evolução.

A ideologia nazista é filha da teoria da evolução, como a eugenia e outras pragas genocidas. Não há dúvida: o nazismo é a aplicação política do darwinismo. Ao que parece, os darwinistas da nossa época se esqueceram do que era ensinado nas escolas de medicina em todo o mundo, nos inícios do século XX: a eliminação dos fracos, dos débeis mentais, dos incapazes, dos geneticamente defeituosos, dos “racialmente inferiores” e, inclusive, de suas respectivas famílias. Cientistas americanos como Charles Davenport e ativistas feministas fanáticas como Margareth Sanger eram fiéis cães de guarda desses métodos e preconizaram que os países democráticos aderissem à idéia. A graça custou caro: só nos Eua, vários estados americanos fundamentaram leis segregacionistas, racistas e de esterilização compulsória de pessoas consideradas “inaptas”. Cerca de 50 mil americanos foram esterilizados, muitos, sem que soubessem.

Recentemente, o arauto do ateísmo militante e do evolucionismo Richard Dawkins voltou às origens obscuras de sua ideologia pseudo-científica fraudulenta. Ele publicou um artigo, no New Republic, com o título “A Igreja Católica prefere a barbárie medieval ao aborto moderno”.

Ao atacar a legislação irlandesa sobre o aborto, afirmou que “a Irlanda é um país civilizado, exceto numa área”.  Curioso como por vezes a história ganha um retrospecto sinistro.

Isso me fez recordar dos anos 30 do século XX, quando os eugenistas americanos, financiados pela Fundação Carnegie e Rockefeller e com a colaboração de alguns políticos britânicos, queriam forçar o parlamento inglês a legalizar a esterilização compulsória e a proibição de casamentos de pessoas consideradas “incapazes”. A lei não poupava nem mesmo os laços de parentesco. Alguém saudável que tivesse um irmão com algum tipo de deficiência genética poderia ser esterilizado pelo Estado. Foi principalmente a atividade militante febril da Igreja Católica na Inglaterra que derrubou a lei bizarra. Inclusive, o Papa Pio XI, na Encíclica Casti Conubi, condenou os argumentos eugênicos que proibiam o casamento de pessoas consideradas geneticamente incapazes. Agora dá pra entender por um filhote da eugenia como Dawkins odeia tanto a Igreja!

Insatisfeito com a polêmica, Dawkins acrescentou que a mulher, cujo filho é diagnosticado com síndrome de down “deveria abortar e tentar novamente. Seria imoral para trazê-lo para o mundo, se você tem a escolha”.

Hitler, com certeza, daria um sorriso imenso a ele sobre o aborto. O dublê de cientista ainda reitera: "Sim, é muito civilizado. Esses são os fetos, diagnosticados antes que eles tenham sentimentos humanos”. "Aprenda a pensar em formas não-essencialistas. A questão não é 'é humano', mas 'ele pode sofrer?”. O Führer, ao matar 100 mil débeis mentais, entre os quais, milhares de crianças com síndrome de Down, estaria fazendo um grande favor á humanidade. Sempre achei Dawkins um lixo intelectual. Mas percebo que é também um cocozinho moral. Se ele vivesse nos anos 20 e 30 do século XX, possivelmente aprovaria a idéia nazista de extermínio dos fracos.
E a questão do sofrimento? Se o sofrimento fosse motivo pra não viver, que tal matar toda a humanidade?  Não é estranho que um sujeito negue a essencialidade da vida humana, ao mesmo tempo em que se preocupa com o seu sofrimento? Só podemos afirmar o sofrimento de alguém se é humano. Dawkins parece não perceber sua dedução esquizofrênica: ele se preocupa com o sofrimento de um ser que quer matar, ainda que negue a sua “essencialidade” como ser. E quando um sujeito presume que o sofrimento implique uma categoria acima da vida humana, no mínimo, não tem capacidade moral e ética de ajuizar uma hierarquia básica de valores. É um idiota, pra dizer o mínimo!

Entretanto, Dawkins não está sozinho na capacidade de ser um idiota patético. Um certo professor de direito aqui do Pará, por alcunha André Coelho, também parece defender o biólogo inglês. É até cansativo ensinar a um professor acadêmico a pensar de forma clara e cristalina, já que o obscurantismo de seu pensamento é notório, ainda que ninguém tenha coragem de o dizê-lo. E olha que não é a primeira vez que cutuco o coelhinho do CESUPA, já que o mesmo defendeu idiotices de teor grotesco, como a legalização do matrimonio incestuoso e da poligamia em pleno facebook. Contudo, se é possível matar dois coelhos numa cajadada só, um coelho fica mais fácil cozinhar na panela. Eis a pérola do demiurgo universitário, um festival de esnobismo e estupidez pra ninguém botar defeito. Consegue ser pior do que seu mestre inglês. Deve ser algum problema eugênico do Pará:


“RICHARD DAWKINS, MORALIDADE E EUGENIA Hoje foi dia de repercutir a entrevista da Dilma no JN, criticar o Constantino por ter dito mais uma bobagem neoconservadora em sua página dita liberal e fazer linchamento moral de Dawkins por ter defendido a obrigatoriedade do aborto de fetos portadores de Síndrome de Down. Não me envolvi com as duas primeiras polêmicas porque, no caso das entrevistas do JN, não acho que revelem nada sobre os candidatos que já não soubéssemos sem elas e, no caso de Constantino, concordo com praticamente tudo que se disse sobre ele ter passado dos limites e sido mais uma vez motivo de vergonha para ele próprio. Acabei me envolvendo, contudo, com a terceira polêmica, porque comentei com amigos que não via motivo para escândalo com a afirmação do Dawkins, a qual, colocada no seu devido contexto, era razoável, embora não convincente.”

Conde- Qual “contexto” seria justificável a extinção das pessoas com síndrome de Down? Há certas práticas que não precisam de contexto para serem condenáveis por si mesmas. Uma pessoa com síndrome de down é vulnerável, sujeita a fraquezas e, portanto, pela lógica elementar, necessita ser protegida, ao invés de ser eliminada. Quem defende contexto para a eliminação dos fracos é um covarde, um demente, um jumento intelectual e moral. É curioso que esses pretensos defensores da liberdade individual como o Sr. Coelho sejam incapazes de defender a dignidade do indivíduo como uma essência própria da natureza humana e um fundamento basilar do direito. Dependendo das conveniências ou de algum “contexto”, a dignidade humana pode ser jogada no lixo. André Coelho, na prática, não passa de um utilitarista bem chulé! 

 “Disse ainda que era nossa obrigação intelectual não alimentar a mera polêmica e contribuir para que a discussão da tese de Dawkins fosse conduzida no terreno apropriado, que não é o nível dos julgamentos precipitados, xingamentos apaixonados e chiliques morais, e sim exclusivamente o dos argumentos, suas respectivas premissas e conclusões. “



Conde- Se o problema é de natureza moral, por que a revolta contra “chiliques morais”? Percebe-se que o Sr. André Coelho não sabe muito bem o que é uma discussão moral, e apela a uma falsa evidência de neutralidade, o que é na prática pura indiferença. Mas que terreno apropriado seria esse, já que a concepção da moral aqui é utilitária, conforme às conveniências? Poderíamos também afirmar que a esterilização em massa de incapazes ou o extermínio de milhões de pessoas em campos de concentração não deveriam ser julgados através de “chiliques morais”, mas baseadas em suas respectivas premissas e conclusões. E quais seriam? Hitler tinha perfeita premissa e conclusão do que fazia. No palco do mundo biológico, há raças inferiores e superiores. Logo, aquelas raças inferiores precisariam ser eliminadas para preservar as superiores de sua pureza e incolumidade. Logo, é preciso manipular a “ciência” no quesito da busca da perfeição da raça. Alguém dirá que Auschwitz não é uma conclusão internamente perfeita de uma idéia, ainda que tresloucada? De uma ciência aplicada de extermínio? Ou será chilique moral condenar suas premissas e conclusões também?

“Confesso que, embora ateu e convicto da teoria da evolução, não me alinho com Richard Dawkins numa multidão de questões. Concordo que ele é um dos intelectuais mais brilhantes e influentes hoje em dia e que sua contribuição no debate público para o conhecimento menos limitado, distorcido e preconceituoso da teoria da evolução pode ser considerado inestimável. Porém, acho as posições éticas e bioéticas defendidas por ele, Sam Harris, Christopher Hitchens e Daniel Dennet cognitivamente limitadas e as posições antirreligiosas defendidas por eles prejudiciais ao debate contemporâneo. Mesmo assim, neste caso em especial me senti na obrigação de esclarecer melhor o contexto da tese controversa (e aparentemente odiosa) defendida por Dawkins. “

Conde- Não deixa de ser verdade. André Coelho tem uma formação intelectual bem chinfrim para admirar um intelectual tão raso de cultura e de tão baixo nível moral, um militante panfletário que só tem importância por conta de um establishment acadêmico cada vez mais anticristão. Reitero a moral aqui por uma razão bem simples: quem acha que pode dissociar o intelectual do moral admira um farsante, não um homem sério. Porque o verdadeiro erudito é um amante da verdade, acima de tudo. E amar a verdade é indissociável de ser ético. Algo que não vemos no neo-nazista Dawkins. E no bocó do André Coelho.

“Como, ao fazer isso, atraio o risco certo de ser objeto da mesma polêmica e ódio que o próprio Dawkins (embora, o que é surpreendente, discordando da tese dele), é melhor aproveitar para colocar eu próprio em prática o que sugeri aos amigos, isto é, o exercício de instruir o público e colocar as coisas no seu contexto apropriado. Antes, porém, gostaria de dizer que não sou um leitor assíduo do Dawkins e por isso não tenho certeza de todas as bases do argumento dele. Como é possível que nos próximos dias ele seja forçado a explicitar seu argumento em mais detalhes, insisto aqui que não sei com precisão o que ele diria e que, se leitores mais atentos das suas teses e declarações encontrarem falas ou passagens que divirjam da versão que vou apresentar agora, isso não me surpreenderia nem um pouco. Na verdade, o que me interessa mais é mostrar que existe pelo menos uma versão do argumento de Dawkins que, embora não sendo correta e convincente, não seria absurda, afastando, assim, as suspeitas de eugenia barata e darwinismo neonazista. Assim, estou menos interessado no que Dawkins defendeu ou defenderia, e mais interessado no que poderia ter defendido. Senão, vejamos. (1) Em primeiro lugar, a tese de Dawkins precisa ser colocada em seu contexto específico. Antes de discutirmos se existe ou não uma obrigação moral de abortar fetos diagnosticados com Síndrome de Down, há uma série de pontos prévios em que podemos ter posições radicalmente opostas à de Dawkins, motivo por que podemos discordar dele sem que nossa discordância diga respeito àquela questão específica, e sim a premissas muito mais gerais sobre raciocínio éticos e bioéticos. As premissas de Dawkins são (ou poderiam ser) que: (a) existe uma diferença, no tocante às propriedades morais, entre fetos e crianças, que faz com que fetos não sejam portadores de direitos quase absolutos à vida e crianças, contudo, sejam; (b) dada esta diferença, o aborto é moralmente permissível, desde que os progenitores do feto, esp. a mãe, assim queira, concorde e autorize; (c) embora havendo várias concepções sobre ética, pode-se dar a ela o conteúdo mínimo de ser um esforço para minimizar sofrimento humano, o que faz com que, entre duas alternativas, a que implique menos sofrimento para um ser humano seja preferível à outra; e (d) com o advento da tecnologia da pré diagnose de doenças e limitações ainda durante a gestação, tornou-se possível prever quando os fetos têm características que implicarão para eles carga consideravelmente maior de sofrimento em comparação com a carga normal de sofrimento que um ser humano comum suportará durante a vida. Se você discorda de alguma das quatro premissas, então, de fato, você discorda de Dawkins, mas não quanto a este tema em particular, e sim quanto à visão geral de ética e bioética com que você trabalha”.

Conde- Charles Davenport, Margareth Sanger, Laughlin e outros racistas e eugenistas fanáticos nutriam a mesma teoria: matar os incapazes pouparia os sãos de muitos esforços e os doentes de viverem seus sofrimentos. Mas desde quando o sofrimento é realmente parâmetro para renegar o valor da vida humana? Toda a humanidade experimenta vários níveis de sofrimento. Viver é também sofrer. Faz parte da nossa existência, aprimoramento e aprendizado. O problema de negar-se à vida pelo sofrimento, longe de ser uma discussão ética, tem um cheiro caricatural de esoterismo vulgar. De gnosticismo da pior espécie. Ou seja, a vida é naturalmente indigna porque há o sofrimento e o mal. Logo, para destruir o sofrimento e o mal, é preciso morrer. Ou então matar a humanidade inteira. Aliás, há uma outra perversão do raciocínio no Sr. André Coelho: quem é a mãe ou qualquer outra pessoa para ditar a vida de outras pessoas, em nome do sofrimento? Desde quando uma mãe, um eugenista, o Estado ou qualquer outro sujeito têm o direito de decidir pela existência de outro indivíduo, na visão inócua e estúpida de um certo grau de sofrimento? Quem autoriza a interpretar o sofrimento como razão para matar alguém?

Na pior das hipóteses, quem renega a vida pelo temor do sofrimento é um ser infantil, covarde, imaturo, incapaz de enfrentar as adversidades e os desafios que a nossa existência apresenta. Uma criança com síndrome de down pode ser um grande desafio e uma prova de amor dos pais. Aliás, esta mesma criança pode se tornar um adulto, sob determinados aspectos, também excepcional em qualidades. Na seara do homem, só Deus compreende a extensão real de seus propósitos existenciais. E se ele nos deixa livre para viver, quem é o homem para negar?

“Isso pode ser motivo para condenar a visão de Dawkins como fundada em erros (e você pode e até deve fazê-lo), mas não é motivo para condená-la como absurda ou monstruosa, porque cada uma das três premissas listadas acima, quer você concorde com elas ou não, pode ser defendida com argumentos razoáveis e é esposada por um bom número de eticistas contemporâneos também razoáveis. (2) Se você concorda (ou, pelo menos, concorda hipoteticamente, “para fins do argumento”) com as premissas anteriores, agora sim se pode discutir sobre o caso específico da Síndrome de Down. Aqui o argumento de Dawkins é (ou poderia ser) que o ser humano portador desta doença está sujeito a uma carga de sofrimento (em termos de vulnerabilidade física, déficits específicos de habilidades, dificuldades específicas de socialização, déficits específicos de oportunidades etc.) consideravelmente maior que a carga normal de sofrimento que um ser humano comum suportará durante a vida. Até aí não acho a tese de Dawkins absurda, ela é até bem aceitável, porque qualquer que seja hoje o estado da tecnologia, do tratamento e da inclusão de portadores de Síndrome de Down, não é possível dizer que eles não estarão sujeitos a circunstanciais factuais desfavoráveis que podem lhe ocasionar uma carga extra consideravelmente maior de sofrimento.”

Conde- Partindo da lógica “maravilhosa” do Sr. André Coelho, não somente o aborto de nascituros com síndrome de down poderia ser justificável, como até mesmo a seleção de crianças, adultos e velhos doentes entrariam na escala de elimináveis. Basta conceber que o padrão de sofrimento possa ser inaceitável e aí seria razoável matar essas pessoas. Por “caridade”, lembremos.  Boa parte da lógica genocida do século XX foi embasada nesse utilitarismo. Ora porque essas pessoas não são dignas de existir, ora porque simplesmente sua existência não é conveniente a algum tipo de modelo aceitável. Esse modelo pode ser a raça, a saúde, o coletivo, as razões de Estado, a pobreza ou simplesmente o ódio, racionalizado por uma pseudo-doutrina ou ideologia. Seria de aconselhar, pela sugestão do Sr. Coelho, já que a carga de sofrimento é tão insuportável: por que não te matas?

 “Acho inútil disputar este ponto. Mas agora vem o ponto em que realmente discordo de Dawkins. Discordo de Dawkins quanto a duas ideias posteriores, que estariam implícitas na tese que ele defendeu: (I) que o sofrimento humano de uma vida sujeita a limitações impeça que esta vida tenha valor humano igual ou maior que qualquer outra não sujeita a estas mesmas limitações; e (II) que o prospecto de sofrimento humano futuro possa produzir já não apenas a permissibilidade, mas a obrigatoriedade de abortamento em qualquer caso que seja. Em relação a (I), Dawkins está enganado, porque uma vida sujeita a limitações, toda vez que estas limitações não impedirem completamente a experiência dos elementos fundamentais da vida humana, como prazer, empatia, amizade, amor, virtude, aprendizado, cooperação etc., pode ser tão bem-sucedida, valiosa e plena de sentido quanto qualquer outra. Em relação a (II), Dawkins está enganado, porque ou ele incorpora a ideia de obrigação dos pais para com o futuro humano, e aí precisa abrir mão da permissibilidade do aborto, ou ele mantém a permissibilidade do aborto, e aí precisa abrir mão da ideia de obrigação dos pais para com o futuro humano, inclusive abrir mão da ideia de obrigação de abortar para evitar sofrimento. O aborto, mesmo que seja defendido como permissível, não pode jamais ser obrigatório, sob pena de autocontradição lógica e violação da liberdade de escolha dos progenitores.”

Conde- Ainda não entendi por que o Sr. Coelho não acusa o óbvio de Dawkins: a de que o biólogo inglês não passa de um eugenista bem descarado! A defesa da compulsoriedade do aborto obedece a políticas já aplicadas em todo o século XX, seja nos países desenvolvidos, vide a pregação racista e eugenista nos Eua e na Inglaterra nos anos 20 e 30, seja sob a batuta do regime nazista. Atualmente, os eugenistas de ocasião nem precisam mais obrigar às mulheres a abortarem. Basta criar todo um aparato ideológico fraudulento de “direitos reprodutivos” da mulher, para que ela negue voluntariedade sua própria prole e perpetuação de sua família. Em outras palavras, as mulheres estão sendo induzidas a fazer o que os eugenistas jamais conseguiram à força. São induzidas a matarem seus filhos.
Mas a discussão do André Coelho não é sobre a matança de milhões de nascituros nos Eua ou no mundo, jogados na lata do lixo. É sobre a “liberdade” ou não dos pais de matá-los. Que grande discussão moral! Pergunto-me se há distinção essencial entre Dawkins obrigar mulheres ao aborto ou a própria mulher escolher abortar, já que a conseqüência é a mesma?! Muda-se apenas o sujeito do assassinato. . .

“Por essas duas razões, discordo da tese do Dawkins. (3) Esclarecido por que a tese de Dawkins, quando posta em seu devido contexto (real ou reconstruído), deve ser considerada razoável mas não convincente, ou seja, não absurda e, no entanto, incorreta, gostaria de fazer algumas últimas observações.”

Conde- Ainda quero entender uma coisa: desde quando uma proposição incorreta pode não ser absurda, quando tal proposição diz respeito à relativização grosseira da vida de alguém inocente? André Coelho há de concordar que uma criança com síndrome de down tem o mesmo valor humano do que uma criança normal, porém, não reconhece o direito do nascituro, seja ele saudável ou doente, de ter os mesmos direitos das crianças doentes ou saudáveis. E ainda este rapaz diz ensinar lógica aos outros! Que papelão!

Pol Pot, o tirano ditador do Camboja, responsável pela morte de dois milhões de seus concidadãos, quando perguntado a respeito dos assassinatos de homens, mulheres e crianças inocentes, respondia, com aquela voz calma de um psicopata, que apenas tinha “cometido erros”. Essa aparência de suposta “neutralidade” lógica discursiva do Sr. Coelho não se sustenta no plano da discussão moral. Na verdade, é pose, é frescura de parecer polido e equilibrado, quando na realidade, endossa algo condenável, que é a indiferença moral.

Isso porque Dawkins afirmou que é “imoral” uma mãe gerar um filho com síndrome de down. Aqui vemos uma ofensa grosseira à caridade. Ou seja, ter compaixão pelos fracos é “imoral”. Os fracos e os inválidos não merecem existir. E quem protege sua existência o faz por “crueldade”, já que estas pessoas sofrerão ao viver. Mas já que o biólogo inglês idiota criou uma premissa geral para a negação da “essencialidade” da vida humana, seu raciocínio poderia ser aplicado a um depressivo, a uma pessoa aleijada na fase adulta ou mesmo a qualquer tipo de deficiência na vida. Em outras palavras, se você sofre além do limite do normal, mate-se! Ou simplesmente matamos você, porque sua existência é imoral!
Eu pergunto aos leitores: alguém pode levar a sério o Sr. Dawkins e o “Dr”. André Coelho? Prefiro levar a sério o Tiririca. Ao menos, ele não quer a morte de ninguém.

 “Primeiro, como eu disse lá em cima, não assumi o compromisso de reproduzir os argumentos que Dawkins de fato usou ou usaria. Isso quer dizer também que existem versões da tese de Dawkins que seriam puro eugenismo barato e, por isso, inaceitáveis.”


Conde- A versão de Dawkins é eugenia barata. Ponto final! Por que a enrolação, professor Coelho?

 “Uma delas seria dizer que portadores de Síndrome de Down são menos que humanos, ou são humanos defeituosos, e por isso temos dever como espécie de rejeitar essa progênie que diminui o padrão de qualidade da acervo genético disponível etc. Isso, sim, seria ao mesmo tempo uma ignorância e uma monstruosidade.”


Conde- Vamos analisar uma seguinte questão. Dawkins criou todo um substrato moral e ético baseado no darwinismo. Ninguém precisa falar claramente em genética para supor que as premissas do biólogo inglês sejam as mesmas de qualquer eugenista. Porque o discurso eugenista é simples e cristalino: se o indivíduo não alcançar os dados ideais de uma perfeição física ou psicológica, ele deve ser eliminado. Ninguém precisa falar diretamente sobre os genes para entender que os portadores de síndrome de down devem ser eliminados porque são “imperfeitos”. Ou pior, mesmo que alguém invente justificativas sobre o sofrimento humano, a idéia bizarra continua de pé. Mas é aquela história: André Coelho pode desaprovar a negação de direitos aos indivíduos por questões genéticas. Porém, considera o fato de uma pessoa não existir por causa do “sofrimento”.

 “Se Dawkins tiver esta posição, darei razão a tudo que estão dizendo sobre darwinismo neonazista e rejeitarei que um intelectual respeitado diga um absurdo desses tanto quanto todo mundo já está fazendo. Esta é uma posição moralmente inaceitável, que não pode ser condenada o bastante no espaço público.”

Conde- A preocupação do André Coelho não é com o principal da explanação de Dawkins, ou seja, matar um inocente, mas a circunstância retórica. Se o Dawkins falar de eugenia, é feio e errado. Agora, se ele falar de sofrimento das crianças retardadas, ele só está errado em termos. Porque poderiam poupá-las de existir. Entenderam o argumento tosco?

 “Segundo, supondo que a posição de Dawkins fosse algo mais próximo do que reconstruí lá em cima, haveria ainda alguns equívocos de compreensão a serem evitados. Ao dizer que os portadores de Síndrome de Down estão sujeitos a uma carga de sofrimento consideravelmente maior que a carga normal de sofrimento que um ser humano comum suportará durante a vida e que fetos pré-diagnosticados com a síndrome deveram ser abortados, não se estaria indiretamente dizendo que os portadores de Síndrome de Down são menos que humanos e mereceriam ser mortos? Não, por dois motivos. O primeiro é que é possível defender que certa situação deva ser evitada sem que se esteja defendendo que aqueles a quem esta situação já ocorreu devam ser maltratados ou discriminados.”

Conde- Que maravilha! André Coelho prega que o aborto deve ser liberalizado e se deve matar indiscriminadamente. Porque ele não quer parecer “preconceituoso” ao criar essa exceção apenas aos nascituros deficientes.  Se for pra jogar na lata do lixo hospitalar, é aborto sem discriminação! Veremos a puerilidade:

“Por exemplo, é possível defender que ferramentas que trazem grandes riscos de cortar os braços dos trabalhadores sejam proibidas, sem que se queira dizer que indivíduos privados dos braços são menos que humanos e mereceriam ser mortos. Na verdade é totalmente coerente defender ao mesmo tempo que ferramentas que trazem grandes riscos de cortar os braços dos trabalhadores sejam proibidas e que os trabalhadores que tiveram seus braços cortados sejam medicamente tratados, social e financeiramente compensados, tratados com respeito e reinseridos em funções compatíveis com o estado atual de suas capacidades. O segundo motivo é que, como, na versão reconstruída do argumento, Dawkins defenderia que entre fetos e crianças existe uma diferença de propriedades morais, o que ele consideraria aceitável para fetos portadores da síndrome (raciocinar em termos de consequências futuras de sofrimento) ele não precisaria considerar igualmente aceitável para crianças e adultos portadores da mesma síndrome, assim como ser a favor do aborto de fetos e ser a favor da morte de crianças pelos pais não é a mesma coisa. Seria possível defender o que Dawkins defendeu (que, como já mostrei, considero uma tese no fim das contas incorreta) e ao mesmo tempo ser a favor do melhor tratamento e da maior inclusão possível de portadores de Síndrome de Down na sociedade. Mas uma vez, Dawkins não disse esta última coisa, mas estou dizendo que ela não é incompatível com o que ele disse e, portanto, que a tese não tem necessariamente a implicação ofensiva e discriminatória que se pode supor num primeiro momento que ela tem.”


Conde- O mero fato de Dawkins reconhecer que existam “propriedades morais” distintas em cada fase da existência humana pode ser usado em qualquer situação. Se alguém achar que os doentes mentais são indignos ou que pessoas aleijadas são inúteis ou que os loucos de todo o gênero pesam muito no orçamento do Estado ou das pessoas sãs, então por que não eliminá-las, já que a questão da “propriedade moral” é de quem determina essa mesma “propriedade moral”? Das duas uma: ou se reconhece a dignidade da existência humana e sua importância em todas as suas fases e estados da vida ou simplesmente se cai na mais completa arbitrariedade.

“Terceiro e último, gostaria de reforçar que acho que principalmente nós, acadêmicos acostumados ao debate em nível lógico e racional, temos obrigação de não engrossar o caldo da mera polêmica quando estoura a repercussão de declarações deste tipo. Há aqueles que têm em sua família ou círculo de amigos e conhecidos portadores da síndrome e que talvez tenham se sentido pessoalmente atacados e ofendidos pela declaração de Dawkins. Estes eu liberaria de qualquer obrigação de paciência e tolerância, porque sua revolta é totalmente compreensível. Mas os demais temos a obrigação de nos perguntar se a tese defendida é ou poderia ser aceitável com argumentos razoáveis e, caso a resposta seja que sim, instruir o público sobre como o argumento por trás da tese realmente funciona ou poderia funcionar.”

Conde- A canalhice do pensamento contemporâneo é relativizar ao máximo o compromisso com a verdade, pela presunção imbecil de provavelmente não ter como conhecê-la. Na verdade, esses arautos do niilismo e do relativismo não querem conhecê-la.  Dawkins chamou de “imoral” a existência de certas pessoas por razões espúrias. A ladainha do “sofrimento humano” escamoteia um propósito mais vergonhoso: a de que as pessoas devem seguir padrões físicos e biológicos de perfeição. Entretanto, não é isso que prega o evolucionismo? A supremacia dos fisicamente mais aptos? O sofrimento faz dos homens indignos. Essa é a mensagem de Dawkins. Essa é a mensagem da eugenia há mais ou menos um século. Mensagem esta que o Sr. Coelho finge ignorar, por conta de uma pirueta verbal discursiva.

 “Nós temos mais obrigação que os outros com a integridade intelectual do debate e devemos cumprir com esta obrigação mesmo quando nossas convicções íntimas são reviradas e nossa reação irracional é a da rejeição mais forte possível.”

Conde- A reação contra Dawkins não é irracional. Ela é embasada em juízos morais bem consolidados. Juízos morais que preservam os fracos e os inocentes, justamente por conta de nossa formação cristã e por uma identificação de justiça com os fracos e os desprotegidos. A maioria dessas pessoas vivencia estes juízos morais em questões basicamente concretas, como ter um laço de parentesco com alguém portador de síndrome de down ou simplesmente convívio com esses indivíduos deficientes. Irracional é o Sr. Dawkins defender modelos de perfeição abstratos e inócuos contra vidas humanas inocentes, ainda que o Sr. Coelho invente meia dúzia de axiomas desconexos. Alguém de bom senso vai achar que as jumentices verbais de Dawkins valem mais do que a relação concreta, humana e afetiva com os portadores de síndrome de down? Alguém minimamente decente levaria a sério Hitler, incorporando suas patacoadas ideológicas sobre a raça em detrimento da amizade real com um judeu ou outro ser de etnia distinta? Se o Sr. André Coelho é incapaz de perceber essa leve diferença, eu digo, é um idiota de marca maior e do mesmo nível que o biólogo inglês! E sua lógica é, como diziam os medievais, flato vocis, voz de peido!

 “Não digo que eu pessoalmente sou um exemplo de imparcialidade e racionalidade nem que cumpro com essa obrigação sempre, nem que estaria igualmente bem disposto no caso de uma afirmação, de viés ideológico oposto, vinda, por exemplo, do Papa ou de um intelectual de direita brasileiro ou estrangeiro. Provavelmente não estaria. Mas se, neste casos, reajo tendo um chilique moral em vez de avaliando os argumentos, me torno merecedor da mesma crítica que estou fazendo agora, o que sem dúvida deve acontecer de vez em quando.”

Conde- Até um carregador de cimento sem muitas luzes percebe as incoerências intelectuais do Sr. André Coelho. Não é uma questão de viés ideológico ou de “chilique moral” (já que a palavra “moral” causa chiliques somente no professor). Contudo, parece ser este o problema de André Coelho, prender-se a conceitos abstratos e irreais. Será que ele não sabe a diferença básica entre uma relação concreta e existencial de amor com os portadores de síndrome de down e as idéias nazistas tresloucadas de um biólogo ignorante, exibicionista e intelectualmente sem a menor relevância como Dawkins? Eu não perderia meu precioso tempo respeitando intelectualmente um nazista ou um comunista, sabendo de sua história e de suas premissas ideológicas francamente desonestas e monstruosas. Qualquer pessoa minimamente de bem tem obrigação moral de desmoralizar esses cretinos. Eu penso a mesma coisa de Dawkins, um sujeitinho palpiteiro, embusteiro, caluniador e vigarista. Pergunto-me, qual a moral de uma nulidade como ele em condenar a Igreja Católica pelo único pecado de defender o direito à vida? A apelação “civilizada” do aborto é a mesma do cientificismo racista do final do século XIX. Nações civilizadas deveriam eliminar os fracos pra criar a raça perfeita! E a “civilizada” Alemanha criou Auschwitz!

 “Isso não afasta em nada a validade da crítica e do convite a que exerçamos mais ativamente o papel de garantes da reflexão e da racionalidade do debate. Dada a predisposição da opinião pública para o superdimensionamento e o escândalo, é apenas conosco que o espaço público pode contar para fazermos algum tipo de contrabalanço desta tendência.”

Conde- O Sr. André Coelho quer aparecer a todo custo, polemizando com idéias idiotas e endossando as idéias de outro idiota. Um sujeito cretino como Dawkins tem influência sobre a opinião pública e sobre a cabeça de mentecaptos como o professor Coelho. Não se pode subestimar o poder dos idiotas. Em outras palavras, o escândalo não está na mera opinião pública, porém, numa militância que cada vez mais banaliza a vida e com a pecha de uma autoridade moral falaciosa, prega as piores aberrações morais e injustiças. Essas aberrações que posteriormente podem se transformar em projetos políticos.

O que Dawkins prega substancialmente já existe como política oficial, vide a China, onde o Estado força milhares de mulheres chinesas, senão milhões, ao aborto compulsório. E existiu na Alemanha Nazista, quando milhões de pessoas, pelo pecado mortal de serem deficientes ou “inferiores”, foram exterminadas em nome dos caprichos da supremacia racial. Do resto, gente como Dawkins ou André Coelho são expressões de decadência de nossa cultura e civilização.

Fonte: http://cavaleiroconde.blogspot.com/