terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Odiado do mundo




Imagem: Disponível na Internet.

“Todos odiarão vocês por Minha causa,
mas aquele que perseverar até o fim será salvo.”
Mateus 10.22
Não me esqueço de uma questão levantada por um irmão em púlpito, analisando notícias que recebeu sobre a Igreja perseguida, há alguns anos. Ele fez uma pergunta que latejou por horas em minha mente, e vez em quando ainda me toma os pensamentos, principalmente diante desse cenário lamentável em que se encontra atuando a Igreja dita do Senhor: “O que será que Jesus fez para que muitas pessoas odeiem tanto o Senhor?

Resposta: Ele simplesmente não fez!

Não fez nada do que elas queriam...

Jesus não prometeu dinheiro e riquezas materiais. Ele prometeu Graça e vida eterna. (1João 2.25; João 4.14, 6.54, 8.51; Romanos 2.6-10)

Jesus não colocou Seu coração nas posses, nos prazeres, no reconhecimento da parte dos homens, nem ensinou Seus seguidores a viverem assim (Lucas 6.24-25). Ele caminhava com vistas ao Céu e lembrou aos homens que é lá que está a pátria dos salvos. (Mateus 19.29; Filipenses 3.20)

Jesus não iludiu ninguém com falsas promessas. Ele sempre contou a verdade e disse somente tudo o que os homens precisavam escutar. (João 12.50 e 8.34; Mateus 23, 7.3-5 e 11.21; Lucas 11 e 6.24-26)

Jesus não contava anedotas nem criava alegorias para produzir mensagens que encantassem as pessoas. Ele não deturpava a mensagem das Escrituras nem enrolava os Seus ouvintes. Ele transmitia as Escrituras e as pessoas Lhe respeitavam porque eram tratadas segundo as suas necessidades. (Mateus 21.23; Marcos 1.22)

Jesus não fez campanhas da prosperidade, da vitória, dos milagres, nem nada parecido. Ele apontou a obediência e o amor a Deus em primeiro lugar como o caminho seguro e certo para que todas essas e as demais coisas acontecessem. (Mateus 6.33; Lucas 12.31-34)

Jesus não ofereceu rosas, caminho de sal, água benta, terra santa, nem nenhum outro tipo de amuleto ou ritual para libertar as pessoas. Mas Ele esclareceu com todas as letras que é preciso conhecer, amar e praticar a Verdade que está na Bíblia, pois o conhecimento da Sua Verdade é que libertará o homem. (João 8.32, 36)

Jesus não dava palestras motivacionais, mas exortava e ensinava, com autoridade, a Palavra santificadora de Deus. (João 17.14-17; Marcos 2.2)

Jesus não lidava com as pessoas pelas suas emoções, mas lhes tratava pelo uso da razão, levando-as ao reconhecimento dos seus pecados, arrependimento, humilhação e confissão diante do Pai. (Mateus 4.17; 1João 1.8-10)

Jesus não massageava o ego das pessoas. Ele abria as feridas, tocava nelas e mostrava com clareza o pus dos seus pecados e a consequência de se continuar com eles. (João 4.17-19; Mateus 6.36-43)

Jesus não curava para Se autopromover à custa do nome de Deus, nem fazia dos Seus milagres propagandas para atrair mais pessoas para o Seu ministério. Ele fazia todas as Suas obras para glorificar o Pai Celeste e por puro amor aos homens. (Mateus 9.6-8; João 5.30, 8.49-50,54,55,  17.4)

Jesus não foi produto de uma agência gospel de cantores ou pregadores. Ele foi um representante de Deus na terra. (João 17.8)

Jesus não propôs trocas para iludir os homens que estes poderiam determinar ou exigir alguma coisa Deus. Ele prestou-lhes favores que jamais poderão pagar e deixou-lhes isso bem claro. (Mateus 6.10,12,  7.7-11; João 3.14-18)

Jesus não julgou nem condenou as pessoas. Ele serviu e perdoou. Amou e salvou até aqueles que o próprio mundo já havia condenado.  (João 12.47-48; Lucas 23.34,39-43)

Jesus não favorecia quem fazia muitas obras, ou tinha melhores salários, ou tinha muitos diplomas. Ele tratava todos com o mesmo respeito, com a mesma Graça, com o mesmo amor e, principalmente, com a mesma justiça. (João 5.24; Romanos 10.12)

Jesus não era movido por Seus próprios interesses, mas pelos interesses do Pai. (João 5.30, 8.29, 18.11; Lucas 22.42)

Jesus não pregava um Deus bonzinho, paternalista e serviçal. Ele pregava um Deus que é Senhor, que é amor mas que também é justiça e fogo consumidor. (Jeremias 33.16; Hebreus 12.29)

Jesus não buscou reconhecimento, prestígio ou simpatia dos homens, por mais influentes que eles fossem. Ele foi inimigo do mundo e, mesmo sendo rejeitado por ele, não deixou de viver sob a aprovação de Deus. (João 5.41-43; 12.44-50)

Jesus não era apaixonado por Deus. Ele O amava de todo o seu coração, de toda a alma, de todo entendimento e acima de tudo e de todos. (João 14.31; Marcos 12.30)

Jesus não era extravagante. Ele era reverente. (Mateus 26.33; João 4.23-24)

Jesus não era dado aos modismos, mas aplicado à Sã Doutrina, fosse ela considera pelos homens como ultrapassada ou não. (João 17.16)

Jesus não fez da Igreja uma casa de eventos ou um clube de encontros sociais. Ele zelava pelas coisas consagradas a Deus e guardava a casa do Senhor como Casa de Oração. (João 2.13-17)

Jesus não trazia eventos mundanos para dentro da Igreja com um nome enfeitado para parecer edificante. Ele denunciava o pecado e, ainda que parecesse monótono, tinha um estilo santo de vida. (Mateus 18.7-9; João 8.46)

Jesus não Se associou às seitas nem apoiou heresias em nome da unidade da Igreja. Antes, destacou-Se entre elas por Sua pureza e traços celestiais. E a quem influenciou, foi por Seus exemplos de santidade, não por coleguismos. (Apocalipse 2.14-16,20-21)

Em suma, Jesus não apoiou o evangelho fácil, superficial, barato que vemos acontecer nos nossos dias. Ele tomou a cruz, renunciou-Se a Si mesmo e foi até o Calvário, onde morreu diante do mundo para cumprir os propósitos de Deus.

Por tudo isso e por muito mais da Sua maneira santa de ser e de viver, Jesus foi e ainda continua sendo odiado por muitos no mundo.

Se Jesus tivesse feito o contrário dessas coisas como os ídolos que vemos por aí, certamente Ele também arrastaria multidões para a frente de uma plataforma ou para uma marcha anual, teria dúzias de livros de auto-ajuda publicados com dezenas de edições e milhões de cópias vendidas, seria um PhD em teologia e teria Seu próprio mega templo.

Mas como Ele era um Santo e não um ídolo, um Missionário e não um empresário gospel, um Pastor e não um teólogo, Jesus despertou a ira de muita gente; publicou todo o antes, o durante e o depois da Sua vida e obra apenas na Bíblia; e ministrava ao ar livre, nas encostas dos morros, embaixo das árvores, à beira do mar, precisamente onde os necessitados estavam.

E negando-lhes tudo o que seus egos queriam, fez exatamente tudo o que eles precisavam.


“Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes Me odiou.
Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele.
Todavia, vocês não são do mundo, mas Eu os escolhi, tirando-os do mundo;
por isso o mundo os odeia.
Lembrem-se das palavras que Eu lhes disse:
nenhum escravo é maior do que o seu Senhor.
Se Me perseguiram, também perseguirão vocês.
Se obedeceram à Minha palavra, também obedecerão à de vocês.
Tratarão assim vocês por causa do Meu Nome,
pois não conhecem Aquele que Me enviou.
Se Eu não tivesse vindo e lhes falado, não seriam culpados de pecado.
Agora, contudo, eles não têm desculpa para o seu pecado.
Aquele que Me odeia, também odeia o Meu Pai.
Se Eu não tivesse realizado no meio deles obras que ninguém mais fez,
eles não seriam culpados de pecado.
Mas agora eles as viram e odiaram a Mim e a Meu Pai.
Mas isto aconteceu para se cumprir o que está escrito na Lei deles:
‘Odiaram-Me sem razão’.”
(João 15.18-25)


Fonte: http://teamomeujesus.blogspot.com.br/2013/12/odiados-do-mundo.html

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