segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OPERAÇÃO COMÉRCIO SEGURO


A Polícia Militar de Xapuri, iniciou no mês de fevereiro de 2013 a Operação Comércio Seguro. Tal operação tem como finalidade a redução de roubos e furtos em estabelecimentos comerciais.

As ações na Operação Comércio Seguro são de visitas aos estabelecimentos comerciais e verificação das condições de segurança do local.

Quando a guarnição percebe vulnerabilidades na segurança do local, sugere medidas para minimizar tais pontos e assim dificultar as ações dos delinquentes.

Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil a segurança pública é responsabilidade de todos:

                                               Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

Portanto, é importante que cada pessoa, cada proprietário de estabelecimento comercial faça a sua parte para que tenhamos uma cidade mais segura.



domingo, 24 de fevereiro de 2013

Causa mortis

Escrito por Olavo de Carvalho
A tal ponto chegou a padronização esquerdista da mídia, da qual falava o meu artigo anterior, que em 2001 O Globo, segundo confessou seu chefe de redação, Luís Garcia, teve de contratar pelo menos um colunista tido como “de direita”, para não dar muito na vista. Esse colunista era eu, mas, assim que se tornou patente a minha insistência em denunciar as atividades do Foro de São Paulo – cuja simples existência o establishment iluminado negava --, fui expelido não somente daquele jornal, mas da Zero Hora, do Jornal da Tarde e da revista Época

Fui substituído por uma geração de direitistas soft, que se limitam a defender genericamente a economia de mercado e as liberdades democráticas, sem deixar de fazer toda sorte de concessões ao programa sociocultural da esquerda. E tanto se reduziu nesse ínterim a quota de “direitismo” admissível, que mesmo esses, hoje em dia, são rotulados de radicais, extremistas e golpistas, inclusive pela revista do sr. Carta.


A História já comprovou mil vezes que o rebaixamento da cultura a instrumento de um esquema de poder, acompanhado da supressão das vozes discordantes, é o caminho mais curto para a imbecilização geral.
É claro que a mídia, por si, não pode secar a criatividade das melhores inteligências. O que ela pode fazer, e fez, foi baixar o nível do debate geral para ajustá-lo a uma política que festejava o analfabetismo do sr. Lula como prova de suas “raízes populares” (uma ofensa brutal aos pobres estudiosos) e, coerentemente com o mais rasteiro populismo intelectual, entregava o Ministério da Cultura a homens incapazes de escrever três palavras sem errar duas e meia. 

Isso começou com o dogma progressista-populista (já comentado no próprio Imbecil Coletivo), de que todo es igual, nada es mejor, de que toda distinção entre o mais alto e o mais baixo é um elitismo fascista, devendo portanto ser extinta a noção mesma de cultura superior e instaurado o cambalache universal que hoje arranca lágrimas de crocodilo do sr. Mino Carta.

Significativamente, o sr. Carta não diz uma palavra sobre a essencial causa mortis da cultura brasileira, a instrumentalização das universidades como centros de formação da militância comunista. Num ambiente de compressiva uniformização doutrinal, intoxicados de slogans, chavões e cacoetes mentais obrigatórios, protegidos de todo desafio intelectual e cientes de que o menor desvio da ortodoxia dominante pode destruir suas carreiras, milhões de jovens entendem hoje a formação universitária como subserviência canina aos mandamentos de seus orientadores, incluindo, entre as demonstrações rituais de fidelidade, as expressões histéricas de ódio às bêtes noires da mitologia professoral -- eu, é claro, em primeiríssimo lugar. Que alta cultura pode sobreviver nessa atmosfera? Não foi decerto coincidência que alunos da maior universidade brasileira, tendo descido da condição de estudiosos acadêmicos para a de ativistas e militantes, tenham caído daí para a de drogados e praticantes do sex lib e em seguida para a de bandidos comuns. Qual será a próxima etapa?
Já que o sr. Carta deplora as diferenças entre a cultura brasileira dos anos 40 ou 50 e a de hoje, por que não diz que, dessas diferenças, a maior foi a passagem de um saudável pluralismo ideológico a uma atmosfera de monopolismo partidário, rancor insano e repressão do pensamento divergente? Será possível imaginar, naquela época remota, um intelectual de boa reputação bloqueando o acesso dos seus adversários à mídia, ou baixando sobre eles uma cortina de silêncio em público ao mesmo tempo que, pelas costas, instigasse contra eles o ódio da juventude universitária? Naquele tempo, o editor José Olympio costumava reunir no fundo da sua livraria os escritores das mais variadas tendências ideológicas, para conversações que hoje seriam impossíveis. Naquele tempo, foram sobretudo os críticos de esquerda que fizeram a fama de Gilberto Freyre, o inverso de um esquerdista. Naquele tempo, o socialista Álvaro Lins abria as portas do jornalismo a Otto Maria Carpeaux, que chegava da Áustria com a fama de doutrinário-mor do regime católico-autoritário do chanceler Dolfuss. Não que inexistissem antagonismos. Existiam e eram feios. Mas ninguém fugia de lidar com eles no campo da palavra, ninguém seguia o preceito leninista de tentar destruir socialmente o adversário em vez de discutir com ele.
Diferença por diferença, pergunto se naqueles tempos áureos algum colunista de mídia seria capaz de falar de um problema já abundantemente denunciado e analisado por outro colunista, e fazê-lo com ares de pioneirismo absoluto, sem dar o menor sinal de ter ouvido falar do antecessor. Se o sr. Carta diverge de mim, que seja homem e fale o português claro. Que pare de camuflar sua covardia por trás de uma afetação de superioridade olímpica.

Os exemplos poderiam multiplicar-se ad infinitum. Não foi só a produção de boas obras que diminuiu. Foi muito mais a estatura moral da classe opinante, hoje mais empenhada em consolidar o poder do PT e beneficiar-se financeiramente dele do que em preservar aquele mínimo de integridade e honradez sem o qual não existe vida intelectual nenhuma.

O sr. Carta imita enfim o mafioso que mandou matar o adversário e depois ainda foi ao enterro perguntar à viúva: “De quê morreu o seu marido, minha senhora?” A dona, não podendo dar nome aos bois, saiu-se com este maravilhoso eufemismo: “Foi de encontro a um projétil que vinha em sentido contrário.” Pois bem, sr. Carta, foi disso que morreu a cultura brasileira: foi de encontro a um bloco de imbecis presunçosos que vinham em sentido contrário.

Publicado no Diário do Comércio.
via mídia sem máscara

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ARTIGO: Revolucionários de araque atacam ativista cubana

Por Nilson Borges Filho


A esquerda brasileira não pode ser confundida com um bando de baderneiros que se utilizaram dos meios mais primitivos para atacar a blogueira cubana Yoani Sánchez, que se encontra em visita ao Brasil. A opção ideológica – como outras opções de caráter pessoal – é parte inalienável do sistema democrático. O Brasil oferece na sua Carta garantias constitucionais para que cada cidadão professe, com plena liberdade, suas posições político-ideológicas. Essas garantias são uma tradição nos países que se definem verdadeiramente democráticos.
 
Comunistas de araque, sócio-patas travestidos de revolucionários, estudantes que não estudam, ongueiros que vivem às custas do dinheiro público, desocupados do bolsa-família, todos esses tipinhos estavam de plantão nos aeroportos de Recife e Salvador para atingir, com palavras do mais baixo calão, uma jovem que é penalizada pelo governo do seu país porque defende a liberdade de expressão para todos os cubanos.
 
Houve, num determinado momento, até agressão física por parte de um patrulheiro covarde, chegando a arrancar alguns fios de cabelo de Yoani.
 
Lamentável que esses valentões não se manifestem contra aqueles mensaleiros que assaltaram os cofres públicos e foram condenados à cadeia, em regime fechado, pelo Supremo Tribunal Federal. Se não bastasse isso, um funcionário da Câmara dos Deputados, pago com o dinheiro do contribuinte, em pleno horário de expediente, aos berros convocava ativistas para constranger a blogueira Yoani Sánchez que iria, mais adiante, discursar para congressistas brasileiros.
 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MENOS UM PARA “ALTERAR”


A Polícia Militar de Xapuri prendeu na madrugada do dia 19 de fevereiro de 2013, o nacional José Maria Pereira de Queiroz, vulgo Periquito, por ter resistido à prisão durante uma abordagem policial no Bar do Cajueiro, Laranjal. Segundo consta do boletim de ocorrência policial nº 124, Periquito resistiu à abordagem policial atacando com uma xícara de porcelana o Sargento G. da Costa. Contudo, Periquito foi impedido pelo Soldado Lunardi que empurrou o braço do autor e o levou ao solo imobilizando-o. Porém, o autor ao se levantar tentou mais uma vez agredir os policiais militares que fizeram o uso das técnicas policiais para cessar a ação do infrator. Então foi conduzido para a DP.

Periquito está cumprindo pena de restrições de direito e deveria se recolher para a sua residência às 19:00 horas. Já na Delegacia de Policia, descobriu-se que Periquito tem mandado de prisão em aberto e por isso deverá sem encaminhado ao Presídio Estadual.



Doutrinação ideológica escolar: Geografia – Espaço e Vivência – 8ºano

Escrito por Klauber Cristofen Pires
geomarx8Senhores pais e mães, senhores professores probos! Ajudem a denunciar este livro.

O problema da doutrinação ideológica nas escolas ainda se apresenta como um grande desafio a ser vencido. Afora a entidade Escola sem Partido e uns poucos pais atentos, praticamente nada mais tem servido de obstáculo à sanha de autores e professores inescrupulosos, que se valem da confiança dos genitores e da ingenuidade dos estudantes para influenciá-los com suas doutrinas espúrias, a fim de torná-los futuros “agentes d
e transformação social”.

Necessária se faz a união decidida dos responsáveis familiares para que revertamos este que a meu ver se trata de escandaloso crime: influenciar crianças desde a tenra idade. Ressalto que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069/1990) lhes prevê a proteção integral, “assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade” (Art. 3º). E que “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais” (Art. 5º).

Os autores de livros didáticos, as instituições de ensino e os professores que se acumpliciam no mister de conduzir de forma tendenciosa a educação das crianças, visando com isto concretizar seus projetos políticos; agem de forma deliberada e consciente, portanto dolosa, pois usam de uma notória posição de superioridade e muito pior do que isto, de uma relação de confiança, para melifluamente incutir nos jovens de cabeça tenra a sua próprias concepções de mundo tais como postulados fossem.

A criança tem o direito de receber a informação isenta, ampla e intelectualmente honesta. Aliás, qualquer cidadão em qualquer idade tem este direito, senão que afirmo haver muito maior ênfase no que toca aos primeiros, obviamente, por se encontrarem em situação de especial fragilidade.

Há quem dissemine por aí que nenhum discurso há de ser plenamente isento, e que qualquer palestrante busca conquistar os seus ouvintes segundo suas convicções, mesmo que sem perceber. Trata-se de maliciosa camuflagem. O educador – o autor do livro didático ou o professor tem o dever de apresentar e explicar fidedignamente as diferentes correntes sobre fatos controversos, por mais simpática que lhe possa parecer uma em particular. O educador pode até defender este ou aquele ponto de vista sobre qualquer assunto, mas se falsifica ou omite fatos e versões, ou mesmo se apresenta suas convicções pessoais como verdades axiomáticas, então está a agir de forma intelectualmente desonesta, e isto é objetivamente demonstrável.

É o caso do livro didático Geografia – Espaço e Vivência- 8º ano - Atual Editora – Editora Saraiva, 2011 - de LevonBoligian, Rogério Martinez, Wanessa Pires Garcia Vidal e Andressa Turcatel Alves Boligian.

No Capítulo 2, à página 26, os autores estatuem:

“Nas sociedades capitalistas, a acumulação de capital torna-se possível porque há duas classes ou grupos sociais distintos: os capitalistas e os trabalhadores. Assim, a divisão do trabalho é baseada nessas classes sociais, e não no sexo ou na idade, como ocorre nas sociedades nômades e agrícolas que examinamos. Essa característica é chamada pelos estudiosos de “divisão social do trabalho.”


Os autores cometem no parágrafo acima duas mentiras. A primeira é a de que a produção livre ou capitalista teria fundado duas classes distintas e estanques, assim como a sociedade das abelhas ou mesmo a sociedade humana de castas, como milenarmente tem ocorrido na Índia. Ora, justamente o oposto é que é verdadeiro: o sistema capitalista enterrou os privilégios de nascença, sexo, raça ou religião. Atente-se como é fato incontroverso que um sem número de trabalhadores veio a abrir negócios como empresários e vice-versa, ou exercer ambas as funções simultaneamente, bem como há trabalhadores que logram obter bem mais renda que muitos empresários. Ainda, tal afirmação omite que a maioria dos empresários trabalha muito, e a bem da verdade, sem gozar muitos dos direitos trabalhistas conferidos aos seus próprios empregados.

A segunda mentira é afirmar que o conceito de “divisão social do trabalho” provém dos “estudiosos”, como se fosse matéria pacífica. Trata-se, isto sim, de um conceito fundado por Karl Marx e utilizado por seus seguidores para explicar um fenômeno que é peculiar à sua doutrina, qual seja, o de propor que haja uma exploração dos trabalhadores pelos empresários (“mais-valia”).

Adiante, prosseguem:

“Na verdade, o salário não corresponde ao valor real daquilo que é produzido pelo trabalhador, ficando o capitalista com o excedente, ou seja, o lucro. É dessa forma que o capitalista consegue acumular capital por meio da exploração da força de trabalho e dos meios de produção.”

“Na verdade,”? Eis a mentira mais deslavadamente apregoada nas últimas décadas no sistema de ensino brasileiro. Karl Marx era um sujeito extremamente sórdido e tratante: além de adulterar a divulgação dos dados estatísticos do parlamento britânico, conhecidos como “blue books”, invertendo os dados de trinta anos antes com os da época de sua consulta, como forma de “demonstrar” a alegada queda do nível de vida dos trabalhadores ingleses, quando, ao invés, esta estava aumentando de qualidade,vivia a defender sua teoria contra as objeções de cientistas sérios valendo-se de isolá-la em casos cada vez mais específicos, até ao ponto de propor que os empresários expropriavam somente “a última hora de trabalho” dos seus empregados.

Saliente-se que o próprio pensador alemão provavelmente resignou-se perante os que seriamente demonstraram a falsidade de sua teoria, como Karl Menger, Böhm-Bawerk, Jevons e Walras,ou não teria desistido de publicar o segundo e terceiro volumes de “O capital”, que já estavam prontos antes mesmo de estruturado o primeiro.

Karl Marx, nesta época, contava 49 anos, e vivia o auge no auge de sua prolífica atividade intelectual. Estes volumes restantes somente foram editados e publicados por Engels, em 1884, quase trinta anos depois da publicação do primeiro volume (Ação Humana, 2ª ed., p. 80).

A completa falsidade da afirmação dos autores complementa-se com a fundamental falácia da teoria objetiva do valor, segundo a qual os bens produzidos deveriam ser valorizados segundo a quantidade de horas trabalhadas empregadas neles. Para facilmente deduzirmos o seu absurdo, basta-nos perguntar qual seria o salário justo do empregado de uma firma que empreendesse dez horas de labor para produzir um bem muito pouco desejado pelos consumidores, como por exemplo, uma tevê em preto e branco acionada a válvulas.

Fato é que jamais algum economista marxista conseguiu definir o valor ideal do homem-hora, e sim que todos os seus esforços sempre se concentraram na também malograda estipulação de um salário “vitalmente necessário”, isto é, decorrente não da produtividade dos trabalhadores, mas de suas necessidades pessoais .(O quê os consumidores têm com isso?) Não obstante, foi esta teoria que deu vida à lei do salário mínimo vigente em diversos países – e observem como são díspares entre si.

Sem delongar-me mais que o necessário para o propósito desta exposição, aponto para o mais importante: observem, prezados pais, mães e professores idôneos, como astutamente os autores omitem que a sentença declarada como “verdade” por eles trata-se da “teoria marxista da mais-valia”. Tal omissão não é despropositada. Além de dificultar a pesquisa voluntária por parte dos estudantes, eis que “mais-valia” representa uma importante palavra-chave, que poderia fazê-los se defrontar com o fato de ser apenas uma teoria em meio a outras tantas que lhe objetam, a omissão se reveste de um caráter subliminar: fazer com que os jovens, nesta época, absorvam o ensino apenas intuitivamente e relembrem dele lá na frente, no ensino superior, quando aí sim saberão que se trata da dita teoria e se identifiquem mais facilmente com ela.

As críticas acima não são exaustivas. Toda a obra é repleta de afirmações tendenciosas, como a seguir:

“Acredita-se que cerca de 15% das espécies de seres vivos do planeta foram extintas durante o século XX, vítimas das transformações causadas à natureza pelas sociedades humanas, sobretudo pela sociedade capitalista industrial.” (p. 31)

Seria bom que os autores pudessem explicar como a área verde dos Estados Unidos é hoje maior do que a da época da colonização, enquanto a União Soviética transformou o piscoso mar de Aral em um putrefato e desértico cemitério de navios.

No capítulo 4, o livro acentua o seu caráter de apologia ao socialismo:

“A maneira como o capitalismo se organiza e se desenvolve tem sido apontada como a principal causa dos grandes dilemas que enfrentamos, ou seja, esse sistema não tem sido capaz de assegurar uma convivência harmoniosa entre os seres humanos e destes com a natureza. Nessa perspectiva, muitos estudiosos afirmam que a profunda crise pela qual passa o mundo de hoje é gerada pelo sistema capitalista”. (p. 49)

Que estudiosos são esses? A crise atual tem sido criada pelo sistema capitalista ou pelo progressivo intervencionismo estatal?

Na mesma página, os autores citam como problemas decorrentes do capitalismo: “a difícil relação capital versus trabalho” (os salários dos trabalhadores dos países capitalistas têm sido piores do que os dos socialistas?), “a devastação da natureza” (O que dizer da destruição do mar de Aral e da desertificação da China, que hoje recebe ajuda japonesa em obras de replantio?), “o aumento das desigualdades sociais” com aumento da miséria enquanto alguns acumulam verdadeiras fortunas (então por qual motivo os trabalhadores dos países mais capitalistas têm aumentado de renda com o passar dos anos?) e “perda de valores”, isto é, pelo aumento do consumo em detrimento das relações humanas, com destaque para uma foto de uma menina observando um mendigo (Que valores os cidadãos dos países socialistas podem preservar? Quem ainda não viu uma foto de cidadãos chineses passando ao largo de bebês, especialmente meninas, moribundas e largadas na sarjeta? Em quê a mais competente produção de bens e serviços capitalista pode prejudicar os valores humanos, senão até mesmo a propiciar que sejam melhor defendidos? 


Adiante, à página 50, os autores expõem o sistema socialista sem mencionar nem sequer uma crítica a este modelo que ocasionou a morte de mais de cem milhões de vidas. Pelo contrário, o sistema é louvado como uma alternativa “às grandes desigualdades sociais que sempre marcaram o capitalismo” ao capitalismo e resultante de uma “profunda análise” realizada pelos alemães Karl Marx e Friedich Engels.

Interessante, á página 51, é a explicação dos autores para a queda do socialismo, isto é, coerente com a velha tradição de colocar a culpa nos outros: “O socialismo que foi implantado nos vários países do mundo não seguiu exatamente o modelo inspirado na teoria de Marx e Engels”. Trata-se de flagrante mentira: Primeiro, porque Marx defendeu ostensivamente a emergência da ditadura do proletariado e a aniquilação de povos considerados inferiores, tais como os mexicanos, irlandeses e poloneses, e segundo porque nunca houve uma proposta terminativa do paraíso socialista: o devenir seria conhecido quando viesse.

Agora vejam esta:

Somava-se a esses problemas econômicos e políticos a grande campanha do mundo capitalista ocidental, especialmente dos Estados Unidos e seus aliados, contra o modo de vida socialista”.

Qual era exatamente o modo de vida socialista? Viver de racionamentos e trabalhos forçados nos Gulags?

Infelizmente, ainda não acabou a doutrinação ideológica.

No capítulo XI, os autores requentam a teoria da dependência latino-americana em relação ao imperialismo dos Estados Unidos (p. 106) e escreveram um paradoxal texto que tem como título “Cuba, país que rompeu com os Estados Unidos” (p. 109) no qual culpa o embargo econômico imposto pelos EUA pela crise que o regime atualmente enfrenta (?). Ainda assim, segundo os autores:

“Esse governo, de natureza ditatorial, introduziu uma ampla reforma agrária, eliminando os latifúndios, e passou ao controle do Estado os meios de produção, nacionalizando as empresas estrangeiras. Além disso, priorizou de maneira absoluta os setores de saúde e educação, fato que proporcionou uma expressiva melhora nas condições de vida da população.”
(...)
Mesmo sofrendo o embargo econômico promovido pelos Estados Unidos, Cuba conseguiu colocar em andamento as reformas econômicas planejadas pelo regime socialista. Isto foi possível com o apoio que o país recebeu da União Soviética, seu mais importante parceiro comercial. A União Soviética adquiria grande parte do principal produto cubano: o açúcar.”


Aos fatos: as melhoras de saúde e educação não passam de propaganda oficial. Não se pode falar de educação em um país onde a informação é absolutamente censurada. O que existe, quando muito, é uma instrução utilitária que sirva aos cubanos para exercerem as funções para as quais forem alocados pelo estado.

Quanto à saúde, é fato sabido que os médicos cubanos recorrentemente não logram demonstrar conhecimentos mínimos quando buscam reconhecimentos em diversos outros países, inclusive o Brasil. Quanto aos êxitos da reforma agrária, a famosa “libreta”, a caderneta de racionamento que cada cubano tem de apresentar ao governo, contém itens que somente são entregues de maneira fictícia (os cidadãos são obrigados a assiná-la mesmo sem ter recebido os bens), sendo que o que recebem mal dá para uma semana. O próprio jornal Granma, em diversas reportagens, reconhece o grave problema da produção de alimentos da ilha e comemora índices de produtividade que no Brasil seriam considerados irrisórios. Consta até que a OMS teria determinado ao governo cubano, por meio de uma resolução,aumentar a dieta dos seus governados de 1600 para 1800 calorias diárias, por conta de uma epidemia de avitaminose. 


Somente como uma piada que se pode conceber que o problema da falta de prosperidade de um país socialista resida no embargo econômico imposto por um país capitalista! Ora, se é para o socialismo ser a resposta para o bem estar da humanidade, Cuba é que estaria a impor um embargo aos EUA! O fato é que este país desperdiçou muito do dinheiro externo que recebeu em diferentes momentos, e o povo vive uma miséria extrema e sofre com a total ausência de direitos civis. No entanto, no livro em comento, as fotos só são de crianças bem vestidas recebendo aulas de computação e de paradisíacos resorts – que os cubanos são proibidos de frequentar como hóspedes.

Peço licença para esquivar-me de comentar mais disparates desta trupe de aliciadores de menores! Creio, no entanto, que o exposto já serve de prova abundante da suprema desonestidade intelectual contida nesta obra de verdadeiros cafajestes e tarados ideológicos.

Senhores pais e mães, senhores professores probos! Ajudem a denunciar este livro. Se ele está sendo usado na escola dos seus filhos ou de seus alunos, prestem queixa ao estabelecimento, bem como ao Ministério Público, e cooperem com esta denúncia, divulgando-a ao máximo. Ou queremos que nossos filhos se transformem em dóceis ovelhas eleitorais?


Fonte: mídia sem máscara

sábado, 16 de fevereiro de 2013

A imbecilidade, segundo ela própria

Escrito por Olavo de Carvalho
imbecil1Faz dezessete anos que publiquei O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras, onde ilustrava com toda sorte de exemplos o desmantelamento da cultura superior no Brasil e sondava as causas de tão deprimente estado de coisas. Desde então, à medida que o fenômeno  alcançava dimensões maiores e mais alarmantes, não cessei de acrescentar a essa obra, em artigos e conferências, inúmeras atualizações, esclarecimentos e novas análises.

Ao longo de todo esse período, não veio, da mídia ou do establishment universitário, nenhum sinal de que alguém ali desejasse discutir seriamente o problema ou reconhecer, ao menos, que um cidadão desperto havia soado o alarma.

Ao contrário: tudo fizeram para ocultar a presença do mensageiro e dar por inexistente o mal que ele apontava, do qual eles próprios, por suas ações e omissões, eram os sintomas mais salientes.

Chegaram ao cúmulo de, não podendo ignorar de todo as obras essenciais que eu recolocava em circulação com extensas introduções, notas e comentários, noticiá-las sem mencionar o nome do preparador, como se os textos abandonados no fundo do baú da desmemória nacional tivessem saltado dali por suas próprias forças, sem nenhuma ajuda minha.

Inaugurado quando da minha edição dos Ensaios Reunidos de Otto Maria Carpeaux em 1998, o “Consenso Nacional da Vaca Amarela”, como o chamei na ocasião, continua em pleno vigor, como se vê por dois exemplos recentes. 

Na Folha de S. Paulo, um sr. Michel Laub faz ponderações sobre a “Dialética Erística” de Schopenhauer, usando a edição comentada que dela publiquei pela Topbooks em 1998 e esmerando-se em suprimir o meu nome ao ponto de atribuir ao filósofo alemão o título editorial “Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão”, como se fosse do texto original e não dos meus comentários.

Em recente edição da Carta Capital, o sr. Mino Carta deplora o que ele chama de “imbecilização coletiva”, no tom de quem soa um alerta pioneiro e fingindo ignorar que esse termo, há muito tempo, já deixou de ser uma expressão genérica para se tornar alusão a um dos livros mais lidos das últimas décadas.

Talvez eu devesse estar contente de que, mesmo sem menção ao tremendo esforço que fiz para revelá-lo, o fenômeno mesmo se tornasse por fim objeto de alguma atenção. Mas o sr. Carta só toca no problema com a finalidade de encobrir suas causas, lançar as culpas sobre os bodes expiatórios de sempre e bloquear, enfim, toda possibilidade da discussão séria pela qual venho clamando desde 1996.

Desde logo, ele só enxerga a degradação cultural do Brasil pelo aspecto quantitativo da escassez de grandes obras – a qual, em si, não seria tão grave se a massa da produção mediana e os debates correntes dessem testemunho de um nível de consciência elevado, honrando uma herança que já não se consegue emular. É justamente a queda do nível de consciência geral que justifica falar de “imbecilização”, quando a mera diminuição do número de gênios por quilômetro quadrado seria chamada mais propriamente de “empobrecimento” ou coisa assim. Desprovido de qualquer tino de historiador ou sociólogo, o sr. Carta limita-se a registrar o fenômeno com a superficialidade de um resenhista cultural. Não apenas entra no debate com um atraso monstruoso, mas rebaixa formidavelmente o nível de análise já alcançado uma década e meia antes.

Com aquele automatismo de quem já tem resposta pronta para todas as questões em que não pensou, ele lança o débito da miséria cultural brasileira na conta dos culpados genéricos mais à mão, os malditos capitalistas, sobretudo os donos da mídia. Em suma: os concorrentes comerciais do sr. Carta, que odeia o capitalismo mas ama o capital ao ponto de fazer dele o nome da sua revista.

Pergunto eu, em que foi que os expoentes da cultura brasileira antiga, um Guimarães Rosa, um Graciliano Ramos, um Gilberto Freyre, um Manuel Bandeira, dependeram jamais da mídia para produzir suas altas criações? O sr. Carta, com toda a evidência, confunde cultura com show business: este não sobrevive sem a mídia, mas os grandes, os espíritos criadores, trabalham não só longe dela como contra ela. O que quer que ela diga ou faça não pode reforçar ou tolher sua inspiração.

Em segundo lugar, a imbecilização da própria midia, que reflete na esfera mais baixa o decréscimo de QI nos andares superiores, não é de maneira alguma culpa dos empresários. Quem quer que tenha alguma experiência de jornalismo no Brasil sabe que os donos e acionistas só interferem na redação muito raramente e na defesa de pontos específicos do seu interesse, deixando a orientação geral das publicações aos cuidados das celebridades jornalísticas, das primas donas, que aí imperam com invejável liberdade de movimentos, como o próprio Sr. Carta imperou no Jornal da Tarde, na Veja e em não sei mais quantos lugares. E sabe também que essas lindas criaturas implantaram nas redações, desde a década de 80, o mais estrito monopólio esquerdista, restringindo o espaço das vozes discordantes, eliminando qualquer possibilidade de confrontação de idéias e ainda discursando cinicamente contra o “pensamento único”, como se o único “pensamento único” que ali se praticava não fosse o delas próprias. Mais sobre este assunto no próximo artigo.

Fonte: mídia sem máscara

"CFP Ideologizado Pela Esquerda Medíocre"


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Segurança diz que carnaval foi tranqüilo, com a redução de 50% no número de ocorrências


Gleydison Meirelles, da redação de ac24horasggreyck@gmail.com
Durante coletiva dos órgãos de segurança pública do Estado realizada na manhã desta quarta-feira (13) os números apresentados apontaram que Rio Branco teve o carnaval mais tranquilo dos últimos anos.
De acordo com o comandante Geral da Polícia Militar do Acre, Coronel José dos Reis Anastácio os números de ocorrências tiveram uma queda de 50%, redução esta que ele atribui ao trabalho preventivo e ostensivo realizado pelas forças policiais do Estado e a conscientização da população.
“A população está mais consciente sabe que o trabalho realizado pela polícia, a fiscalização mais efetiva é para que possamos ter uma cidade mais tranquila. A Polícia Militar se fez presente em todos os locais onde estavam ocorrendo festas e intensificou o policiamento nos bairros e nas zonas de maiores incidências de ocorrências, o que nos proporcionou a redução nos números de registro”, evidenciou o comandante.
A Operação Álcool Zero foi intensificada no período da Folia de Momo, durante os dias de festa foram 2.887 abordagens a veículos sendo que 95 condutores foram autuados por irregularidades e 09 foram presos por embriaguez ao volante.
Nas rodovias federais que contam o Acre (BR-364 e BR-317), as fiscalizações foram intensificadas por meio da Operação Carnaval. Segundo o Inspetor Getúlio as fiscalizações que tiveram inicio na sexta-feira (8) se encerram as 24 horas desta quarta-feira (13).
“Estamos terminando a Operação Carnaval sem o registro de nenhum acidente com vítimas”, enfatizou o policial.
Os números de registros nas estradas do Acre serão divulgados amanhã pela Polícia Rodoviária Federal.




Rebelião em presídio boliviano registra um brasileiro morto e vários feridos


Familiares de brasileiros clamam por ajuda de autoridades brasileiras e temem mais assassinatos
Alexandre Lima e Almir Andrade
Em cobija, Hospital Roberto Galindo,pra onde as vítimas brasileiras foram levadas
Em Cobija, Hospital Roberto Galindo,pra onde as vítimas brasileiras foram levadas e familiares esparavam notícias
O presídio Villa Bush, localizado no departamento (Estado) de Pando, distante cerca de 20 quilômetros e que tem como capital a cidade de Cobija, foi palco de uma quase carnificina humana praticada por cerca de 120 detentos bolivianos, contra cinco brasileiros apenas.
Penitenciária de Villa Bush, distante cerca de 20 km da capital de Pando, Cobija - Foto: Arquivo
Penitenciária de Villa Bush, distante cerca de 20 km da capital de Pando, Cobija – Foto: Arquivo
Como resultado, um brasileiro de Rio Branco identificado apenas pelo apelido de “LEKE”, foi brutalmente espancado até a morte e poderá ser enterrado como indigente. A vítima foi assassinada a golpes de pau e  terçado (facão) e teve sua cabeça praticamente esfacelada, morrendo dentro do presídio.
Segundo familiares dos brasileiros, tudo começou por volta das 23:30 de segunda-feira, dia 11, e terminou por volta das 3:00 da madrugada desta terça-feira, sem qualquer interferência por parte dos policiais do presídio, que ficaram inertes por horas, a não ser no momento para retirar àqueles que estavam caídos no chão depois de muito apanhar.
Denunciam ainda que, com a conivência dos policiais, tudo entra no presídio sem qualquer problema, desde que seja pago uma quantia. “Qualquer 100 bolivianos (cerca de 35 reais), é o passe para que bebidas, drogas e armas branca (faca) entrem sem que seja visto”, denuncia um dos parentes.
Odailton ficou bastante ferido e sequer foi limpo no hospital onde ficou algemado à cama
Odailton ficou bastante ferido e sequer foi limpo no hospital onde ficou algemado à cama. No fundo, Antonio foi furado por faca. – Imagens cedidas
Um dos parentes e uma das esposas relatou momentos de terror desde quando começou. “Foi horrível e me sentir impotente diante de tanto descaso por parte dos policiais. Eles não faziam nada para ajudar ou tentar impedir e só nos restavam ficar ouvindo os gritos de socorro e barulho que era terrível”, disse.
Completou dizendo; “Após horas de gritaria e espancamento, foi a vez dos policiais entrar jogando gás lacrimogêneo e bater nos brasileiros. Quando saiam carregando os feridos com braços quebrados, furado de faca e com marcas pelo corpo de tanto apanhar, novamente eram espancados. Foi horrível!”, finalizou.
Gabriel foi atingido por várias pauladas na cabeça e corpo, além do braço quebrado.
Gabriel foi atingido por várias pauladas na cabeça e corpo, além do braço quebrado. – Imagens cedidas
O atendimento no hospital Roberto Galindo foi outro detalhe. Os feridos sequer receberam os primeiros socorros, onde apenas um pedaço de gaze para cobrir o ferimento e um soro foi disponibilizado aos gravemente machucados e nem mesmo foram limpos.
Dois dos feridos, que sofreram cortes na cabeça e um dos braços quebrados a golpes de madeira, sequer tiveram os ferimentos limpos. Familiares contam que, foram retirados do hospital com apenas uma faixa na cabeça e levados de volta ao presídio e foram algemados numa espécie de sala sem teto (local para tomar banho de sol).
Enquanto os brasileiros foram levados ao hospital, os bolivianos saquearam tudo o que puderam das celas e ameaçaram de morte os que voltarem. Não se sabe o total de presos de nacionalidade brasileira que cumprem pena no presídio de Villa Bush.
Marcas do espancamento sofrido durante a rebelião no presídio de Villa Bush, em Pando (Bolívia)
Marcas do espancamento sofrido durante a rebelião no presídio de Villa Bush, em Pando (Bolívia) – Imagens cedidas
Dois dos sobreviventes que estão no Hospital Roberto Galindo em Cobija, estão sendo acusados de crimes que, segundo os familiares, não existem prova contra eles. O caso do jovem Gabriel Silva Santos (18), foi acusado de matar um boliviano a dois anos atrás e existe apenas depoimento dos familiares.
O caso de Odailton Barbosa da Silva (26), natural de Epitaciolândia, está preso a cerca de três meses acusado de estupro numa comunidade onde trabalhava. Mesmo com testemunhos de várias pessoas que estaria longe do local do crime, foi detido e levado ao presídio.
Mais informações a qualquer momento sobre a rebelião. Veja reportagem com Almir Andrade com dois familiares das vítimas que denunciam o descaso por parte das autoridades bolivianas.
FONTE: WWW.OALTOACRE.COM

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Católico defende Silas Malafaia

Advogado católico desmascara falsos argumentos de jurista e estudante de genética contra pastor assembleiano
Julio Severo
Se dependesse de sua doutrina católica, o advogado Leonardo Bruno jamais defenderia o evangélico Silas Malafaia. Mas o que está em jogo é muito mais importante do que diferenças teológicas. Sob ameaça está a família e até a liberdade de proclamar o que está na Bíblia.
Colocando divergências teológicas de lado, o Dr. Leonardo demole as falácias de um militante travestido de “geneticista” e os falsos argumentos de uma jurista que milita pela agenda do sexo fecal.
Para assistir ao vídeo desmascarando a jurista, vá a este link: http://youtu.be/bRYSj9y7rB0

Para assistir ao vídeo desmascarando o “geneticista”, vá a este link: http://youtu.be/zeZUkkiqwuo

Essas duas defesas são importantíssimas, pois recentemente Genizah, um tabloide cujo dono se autointitula calvinista, usou o vídeo do “geneticista” exclusivamente para atacar Malafaia, colocando preconceitos teológicos, que estão longe de salvar qualquer pobre alma, acima da defesa da família.
De acordo com o Rev. João d’Eça, da IPB: “O calvinismo não tem nada a ver com os posicionamentos de GENIZAH e de outros”.
Portanto, quando os donos do Genizah, Púlpito Cristão e outros atacam Malafaia e ainda posam de calvinistas, cometem duplo falso testemunho: 1. Bancam os heróis da fé e atacam um homem que tem a coragem de defender a família, enquanto eles mesmos se aliam covardemente aos inimigos da família e do Evangelho. 2. Declaram-se calvinistas, quando na verdade são rejeitados por calvinistas como o Rev. João d’Eça e outros.
Se até um católico pôde colocar diferenças teológicas de lado para defender Malafaia em sua luta pró-família, o que alguns evangélicos estão fazendo se aliando aos inimigos do Cristianismo?
Leitura recomendada:

SILAS MALAFAIA DE FRENTE COM GABI


Seminário Mulher Virtuosa

 

MULHER VIRTUOSA
Esse é o tema do seminário que terá início nesta quarta-feira, dia 13 de fevereiro na rede de mulheres na IEQ de Xapuri, às 19:30 horas. 
Fonte: Avivamento Rosa - Por Dores Matos

domingo, 10 de fevereiro de 2013

A tabula rasa da história

Escrito por Leonardo Bruno  
Artigos - Globalismo


eucccpO secularismo quer muito mais do que destruir o cristianismo na civilização ocidental. Quer implantar um regime totalitário pagão, restabelecendo todas as perversões do mundo antigo, que a própria Cristandade fez questão de abolir.
Na atual mentalidade ocidental há uma espécie de tabula rasa da memória, no que diz respeito a várias situações históricas, incluindo aí as próprias origens. Um exemplo particular desta omissão é a Idade Média. Quase toda uma divulgação em escolas, mídia e universidades, com algumas exceções honrosas, retrata uma caricatura da Igreja medieval e da sociedade cristã, além do surrado rótulo da “Idade das Trevas”. O Velho Continente teria sido dominado por mil anos de obscurantismo. Só depois do Renascimento e do Iluminismo é que surgiu a razão, o progresso e a evolução da Europa, tal como conhecemos. Naturalmente, tal explanação é uma falsificação deliberada da história, para dizer o mínimo. Os secularistas, para justificarem seus intentos, precisam mentir sobre o passado. Como nunca contribuíram com nada de significativo para a civilização, a melhor maneira de impor seus propósitos ideológicos é evitar comparações. O passado denuncia os males do presente.

Curioso é pensar que a civilização greco-romana seja sempre elevada como espantalho contra o mundo medieval. A falsificação não se limita à Idade Média, mas a própria noção do mundo antigo. Há uma lenda de que os homens de Roma e Grécia seriam criaturas racionalistas, cientificistas e esclarecidas, em comparação aos cristãos medievais, fanáticos, crédulos e extremistas. A verdade é que o homem do mundo antigo era bem mais supersticioso do que o homem medieval. A “Cidade Antiga”, na definição de Fustel de Coulanges, não conseguia separar a religião de cada elemento da vida pública e privada. Na verdade, o homem antigo não conseguia ver mais além dos aspectos cívicos da cidade e da família. Não via o estrangeiro ou o forasteiro como parte da espécie humana ou como um próximo a ser respeitado. A religião da cidade modelava cada detalhe da vida do homem antigo e o fechava num círculo estreito e pequeno.

Séculos se passaram até que os romanos tratassem os povos dominados como iguais. A religião civil e doméstica não o permitia. A caridade e a hospitalidade, expressões cabais do amor cristão, eram desprezadas pelos antigos. Não é por acaso que a idolatria religiosa chegava ao ponto de adorar um imperador como deus. Quem faz a dissociação radical entre o temporal e o espiritual, entre o civil e o religioso, é justamente o cristianismo medieval. O direito romano, tal como é conhecido hoje, não provém da jurisprudência romana, cheia de inclinações religiosas que inviabilizavam sua praticidade, porém, do direito imperial bizantino, com o Digesto e as Institutas do Imperador Justiniano.

Presumir que o mundo antigo seja apenas Sócrates, Platão e Aristóteles é simplesmente desconhecer a mentalidade da época. Esses filósofos foram bastante impopulares, justamente por contestarem vários enunciados religiosos e míticos caros ao mundo antigo. Quem de fato deu o devido crédito a eles foram os cristãos do fim da Antiguidade e início da Idade Média. Dá para compreender por que estes pensadores foram tão cultivados no mundo medieval. Uma boa parte da cosmovisão filosófica grega platônica e aristotélica corroborava com o monoteísmo cristão, ainda que possuísse o vício do naturalismo. O homem medieval não rejeitava a filosofia pagã. Achava-se o seu continuador, um herdeiro das tradições filosóficas e jurídicas de Roma e de Grécia, embora rejeitasse os elementos mitológicos e as superstições do passado. Rejeitava a estreiteza mental da religião antiga, para pregar uma fé universal, na qual todos os seres humanos eram irmãos, filhos de um mesmo Deus. O cristianismo acrescentava à filosofia grega uma perspectiva particular da transcendência e do sobrenatural, estranha ao mundo antigo clássico, e que mudou radicalmente a noção da natureza. Ela é dessacralizada. O mundo não é como descrito pelos animistas da religião antiga, nem é algo próxima do que propõe o panteísmo. Mas é algo criado, como o homem, algo distinto do Criador.

Tal cosmovisão também muda radicalmente a política. A separação do poder temporal e do poder espiritual faz da autoridade secular um elemento humanizado, destoando assim da divinização comum dada a ela no mundo antigo. O príncipe pode ser ungido pela Igreja. Mas ele obedece a princípios, diretrizes e valores perenes, em favor da sociedade. O poder é um legado de Deus. Contudo, quando se exerce esse poder, essa “potestas”, o príncipe está sujeito a valores transcendentes ao quais deve obedecer, em favor da comunidade e do bem comum. O poder espiritual é “auctoritas”, autoridade moral, referência para a sociedade e a cultura intelectual no âmbito dos princípios. A Igreja é a figura institucional dos princípios religiosos. Ela abarcava, de fato, a unidade moral da Europa, dentro das distinções políticas e fragmentações do mundo medieval. Essa distinção é que fez do poder político algo que pode ser contestado ou combatido, em nome de valores transcendentes como a justiça e a lei natural. A individualização do ser humano na perspectiva cristã permitia esse caminho. Não era produto da cidade ou da coletividade, mas a imagem e semelhança de Deus, um ser independente das suas origens sociais.

O homem grego e romano obedecia cegamente a autoridade pública, pois esta era, ao mesmo tempo, religiosa. Sócrates tomou a cicuta por querer ser um bom cidadão ateniense até na morte. Não queria desobedecer às leis da cidade. Já o homem medieval, ao conceber valores morais transcendentes, era um cidadão do mundo. Estava livre das amarras da cidade ou do feudo, ao qual só era leal por uma questão de convivência e sentido de ordem social. E se achava no direito de se rebelar contra o governante, quando este não agia conforme os valores cristãos, mas tão somente em causa própria. O camponês medieval poderia viver na servidão. Todavia, se o nobre abusasse de suas prerrogativas, o servo se rebelava. O mesmo se aplicava aos súditos do rei. As teorias sobre a rebelião contra o governante injusto são genuinamente medievais. O regicídio, idéia desenvolvida pelo jesuíta espanhol Juan de Mariana, em pleno século XVI, tem sólidas referências no mundo medieval.

A fragmentação da sociedade medieval fundou uma civilização embasada na divisão dos poderes e na sua constitucionalização. O rei não era uma autoridade absoluta. Prestava contas à Igreja, às cortes dos nobres e aos súditos; enfim, vivia num amálgama de relações de lealdades e pactos que viabilizava a governabilidade do reino. Cada estamento social era uma esfera de poder, que limitava a outra. Cada súdito tinha um papel social determinado pelas funções herdadas pela origem. Isso não impedia a mobilidade social. Na verdade, em uma sociedade fragmentada, as famílias, os estamentos sociais, as castas e os ofícios eram formas institucionalizadas de proteção mútua de seus associados.

Embora essas instituições fossem precárias, conceitos como liberdade civil, parlamentos, leis limitadoras dos poderes monárquicos surgem a partir da gênese do pensamento e da dinâmica política do mundo medieval. Essa limitação de poder é retratada, inclusive, nas esferas de intervenção da Igreja e da monarquia, em particular, nas disputas de poder entre o Sacro Império e a Santa Sé. Ao contrário dos lugares-comuns, a sociedade medieval não era teocrática. Os bispos e papas tinham limitações de poder na esfera política. E os príncipes costumavam não intervir na esfera religiosa. A esfera secular e a religiosa coexistiam frontalmente, ora brigando entre si, ora se conciliando.

O Império Romano como idéia no Ocidente sobreviveu mesmo após sua derrocada, por beneplácito da Igreja. Na verdade, a missão dela foi preservar o que foi perdido no passado. A criação do Sacro Império Romano Germânico era uma forma de restaurar a unidade europeia imperial. Tarefa, portanto, inglória, já que outras monarquias europeias também queriam restabelecer a perspectiva do Império. A expansão marítima portuguesa e espanhola é produto dessa coesão entre Império e Igreja, entre a identidade romana jamais extinta na consciência da Europa.

Na verdade, a Igreja guardou o legado imperial na memória. Cultivou a literatura latina e a filosofia grega, preservando-a do perecimento. Criou escolas, hospitais, universidades e fundou o sistema educacional do Ocidente. Ela foi muito mais além. Criou uma nova sociedade sob os escombros da velha. Forjou o continente chamado Europa. Ou melhor, seus valores fundaram uma nova ordem mundial, um novo ciclo histórico.
Apesar da influência decisiva do cristianismo na consciência ocidental, os arautos da modernidade querem apagar o passado, impor uma tabula rasa sobre ele, no pior sentido do termo. A União Européia fez questão de suprimir qualquer menção às raízes cristãs do Velho Continente. No documento da Constituição da Europa, com mais de 70 mil páginas, não há uma única referência sequer ao fato óbvio de que a Cristandade é o elemento mais genuíno do mundo europeu. E pior: a União Européia imprimiu várias agendas escolares na quais se suprimia qualquer menção ou data de comemoração cristã. Só as comemorações islâmicas e judaicas foram preservadas. Tamanho ódio secularista se coaduna perfeitamente com a engenharia ideológica da socialdemocracia que hoje domina a Europa. Na verdade, a própria idéia da “constituição europeia” é uma antítese da Cristandade, pois idolatra um poder estatal acima das autonomias, das identidades, das liberdades civis e dos valores transcendentes da justiça e do direito. Na prática é uma constituição que despreza totalmente as tradições políticas das nações envolvidas. Imposta de cima para baixo, despreza as nacionalidades e as independências nacionais e ignora solenemente as raízes morais, éticas e religiosas do continente. A Constituição e a União Européia são as modernas perversões oferecidas pelo secularismo e pelo socialismo.

Não é de se admirar que o secularismo levará a Europa, de novo, ao totalitarismo. O desprezo pela fé cristã visa restaurar um novo paganismo político, que faz do indivíduo mera engrenagem do Estado onipotente e auto-sacralizado. A União Européia é um monstro cheio de agendas políticas destrutivas para a liberdade e o indivíduo. É uma Europa socialista, tanto no sentido institucional, como no cultural. A legalização irrestrita do aborto, da eutanásia, do “casamento homossexual” e a expansão dos controles estatais sobre detalhes comezinhos da vida do cidadão europeu visam destruir os elementos intermediários da sociedade que impõem limitações ao poder estatal: a família, as instituições privadas, a Igreja, a religião e a própria nação.
O Estado europeu visa remodelar comportamentos, pensamentos e até mesmo a memória histórica. A descristianização e secularização da Europa são acompanhadas da expansão e inchaço do Estado e da burocracia. Burocracia esta que apaga a memória histórica da Europa, para que o cidadão comum não se recorde nem mais de si mesmo. A Constituição Europeia é totalitária, agnóstica e anticristã. A religião da Europa estatizante é o eco-fascismo, o New Age e outras formas deturpadas de crenças. É o gnosticismo e panteísmo mais rasteiro junto a uma religião civil com ranços materialistas.

Contudo, a perversidade em falsificar a realidade histórica não se limita à Europa contemporânea. Já dominou uma boa parte do Ocidente, com a mentira e a mistificação elevadas a versões histórico-científicas. Qualquer professor semiletrado de história de uma universidade pública ou escola de ensino médio qualquer, repete a falácia boba de uma Cristandade malvada contra um mundo secular elevado a paraíso terreno. Raros são os esclarecidos, que não pregam tais falsidades. O ataque ao cristianismo adquiriu um caráter mundial.

O secularismo quer muito mais do que destruir o cristianismo na civilização ocidental. Quer implantar um regime totalitário pagão, restabelecendo todas as perversões do mundo antigo, que a própria Cristandade fez questão de abolir. Relativizar a sacralidade da vida humana e da família para absolutizar a vontade onipotente dos engenheiros sociais e burocratas, endossados por uma visão pseudocientífica da sociedade: eis o que esperemos do novo mundo pagão que ressurge, como um novo César divinizado à frente. A União Européia é apenas um exemplo regional de uma nova União Soviética. Um modelo a ser imitado em escala mundial. O “admirável mundo novo” está mais próximo do que se imagina...


Fonte: midia sem mascara

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

FISCALIZAÇÃO DE PESSOAS COM RESTRIÇÕES DE DIREITOS


Na noite do dia 06 de fevereiro do ano de 2013, quarta-feira, o novo Promotor de Justiça de Xapuri, Senhor Bernardo Fiterman Albano, realizou juntamente com o apoio de policiais militares da 2º Cia PM de Xapuri uma operação de acompanhamento de pessoas que estão cumprindo pena de restrições de direitos.
A operação tinha o principal objetivo de verificar se as pessoas com restrições encontravam-se em suas respectivas residências após às 19:00 horas, horário em que por decisão judicial devem recolher-se para às suas casas.  
No total foram visitadas 07 (sete) residências e nenhuma pessoa com restrição de direito foi localizada em sua casa. Todos serão chamados ao Fórum da Comarca de Xapuri para que sejam interpelados sobre os motivos de não estarem cumprindo com a decisão judicial e em seguida, se não justificarem, receberão a punição cabível.
Essa ação da Promotoria de Justiça de Xapuri irá se estender por todo o ano de 2013 principalmente durante realização de festas como o Carnaval.




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A fome na Ucrânia - um dos maiores crimes do estado foi esquecido

Escrito por Thomas E. Woods Jr.       
Artigos - Movimento Revolucionário
holodomorComo ocorre em todos os regimes totalitários, a Rússia bolchevista temia toda e qualquer manifestação de sentimento nacionalista entre aqueles povos que eram reféns do regime. A propaganda bolchevique relativa aos direitos das várias nacionalidades dentro da esfera de influência da Rússia mascarava o temor do regime em relação ao poder do nacionalismo.
 
No início de 1918, o líder russo Vladimir Ilitch Lênin tentou impor um governo soviético sobre o povo da Ucrânia, o qual, apenas um mês antes, em janeiro, havia declarado sua independência. De início, o objetivo de Lênin havia sido aparentemente alcançado. Esse governo soviético imposto à Ucrânia tentou de imediato suprimir as instituições educacionais e sociais ucranianas; há até relatos sobre a Cheka, uma precursora da KGB, matando pessoas pelo crime de falar ucraniano nas ruas.
 
Embora o povo ucraniano tenha, ao final de 1918, conseguido restabelecer sua república, essa vitória foi efêmera. Lênin, sem dúvida, iria querer incorporar a Ucrânia ao sistema soviético de qualquer jeito, porém seu real desejo de assegurar o controle da Ucrânia era por causa de seus grandes recursos naturais. Em particular, a Ucrânia ostentava o solo mais fértil da Europa — daí o seu apelido de "o manancial da Europa".
Já no início de 1919, um governo soviético havia novamente sido estabelecido na Ucrânia. Porém, esse novo governo soviético acabou se tornando mais um fracasso. Todos esses eventos estavam ocorrendo durante a Guerra Civil Russa, e a ajuda de facções rivais contribui para um segundo triunfo da independência ucraniana.
 
Com esses dois fracassos, o regime de Lênin aprendeu uma valiosa lição. De acordo com Robert Conquest, autor do livro The Harvest of Sorrow (A colheita do sofrimento), "Concluiu-se que a nacionalidade e a língua ucraniana eram de fato um elemento de grande peso, e que o regime que ignorasse isso de maneira ostentosa estaria fadado a ser considerado pela população como uma mera imposição usurpadora."
Quando os soviéticos adquiriram o controle da Ucrânia pela terceira e última vez em 1920, eles constataram que iriam enfrentar uma contínua resistência e incessantes insurreições a menos que fizessem grandes concessões à autonomia cultural ucraniana. E assim, pela década seguinte, os ucranianos basicamente não foram incomodados em seu idioma e em sua cultura.
 
Porém, uma facção dos comunistas russos se mostrou incomodada com isso, e seguidamente alertava que o nacionalismo ucraniano era uma fonte de intolerável divisão dentro do quadro militar soviético, e que, mais cedo ou mais tarde, a situação teria de ser confrontada de alguma maneira.
 
Avancemos agora oito anos no tempo. Em 1928, com Josef Stalin firmemente no poder, a União Soviética decidiu implantar uma política de requisição compulsória de cereais — uma maneira polida de dizer que o governo iria tomar à força todo o cereal cultivado pelos camponeses, pagando em troca um preço fixado arbitrariamente pelo governo, muito abaixo dos custos de produção. A liderança soviética, em decorrência tanto de informações equivocadas quanto de sua típica ignorância dos princípios de mercado, havia se convencido de que o país estava no limiar de uma crise de escassez de cereais. A requisição compulsória funcionou, mas apenas no limitado sentido de que forneceu ao regime todo o volume de cereais que ele julgava ser necessário. Porém, tal política solapou fatalmente a confiança futura dos camponeses no sistema. 
 
Durante a Guerra Civil Russa, em 1919, para tentar combater a fome da população urbana, Lênin havia confiscado em escala maciça os cereais de vários camponeses, que foram chamados de especuladores e sabotadores. Agora em 1928, a possibilidade de novos confiscos, algo que os camponeses imaginavam ser apenas uma aberração bárbara da época da Guerra Civil, passaria a ser uma constante ameaça no horizonte.
Os camponeses, naturalmente, passaram a ter menos incentivos para produzir, pois sabiam perfeitamente bem que, dali em diante, os frutos de seu trabalho árduo poderiam ser facilmente confiscados por um regime sem lei — o mesmo regime que havia prometido aos camponeses, quando da promulgação da NEP em 1921, que eles poderiam produzir e vender livremente.
 
Foi apenas uma questão de tempo para que o regime decidisse embarcar em um amplo programa de coletivização forçada das propriedades agrícolas, uma vez que a abolição da propriedade privada da terra era um importante aspecto do programa marxista. Os camponeses despejados foram enviados bovinamente para enormes fazendas estatais. Essas fazendas iriam não apenas satisfazer as demandas da ideologia marxista, como também iriam resolver o grande problema prático do regime: garantir que uma quantidade adequada de cereais fosse ofertada às cidades, onde o proletariado soviético trabalhava duramente para expandir a indústria pesada. Fazendas coletivas estatais significavam cereais estatizados.
 
Alguns especialistas tentaram alertar Stalin de que seus objetivos, tanto industriais quanto agrícolas, eram excessivamente ambiciosos e estavam em total desacordo com a realidade. Mas Stalin nem queria ouvir. Um de seus economistas, diga-se de passagem, chegou a afirmar que "Nossa tarefa não é estudar a ciência econômica, mas sim mudá-la. Não estamos restringidos por nenhuma lei. Não reconhecemos leis. Não há uma só fortaleza que os bolcheviques não possam atacar e destruir."
 
Paralelamente à política de coletivização forçada implantada por Stalin, ocorreu também uma brutal campanha contra os grandes proprietários de terras, fazendeiros ricos conhecidos como "kulaks", os quais o governo temia liderarem movimentos de resistência contra a coletivização. Mas era uma fantasia de Stalin imaginar que apenas os kulaks se opunham à coletivização; toda a zona rural estava unida contra o governo. (Até mesmo o Pravda noticiou um incidente no qual uma mulher ucraniana tentou bloquear a passagem de tratores que estavam chegando para começar a trabalhar nas fazendas coletivizadas; a mulher gritara "O governo soviético está recriando a escravidão!").
 
Stalin falava abertamente de sua política de "liquidar toda a classe dos kulaks"; eles eram a classe inimiga da zona rural. Com o passar do tempo, como era de se esperar, a definição padrão de o que constituía um kulak foi se tornando bastante ampla, até finalmente chegar ao ponto em que o termo — e as terríveis penalidades que eram aplicadas a todos aqueles infelizes a quem o termo era aplicado — podia ser aplicado a praticamente qualquer camponês.
 
Uma historiografia sobre o Partido Comunista, autorizada pelo próprio, relatou que "os camponeses caçaram impiedosamente os kulaks por toda a terra, tomaram todos os seus animais e todo o seu maquinário, e então pediram ao regime soviético para aprisionar e deportar os kulaks." Como descrição do reino de terror imposto aos kulaks, esse relato não pode nem sequer ser classificado como uma piada sem graça. O regime, e não os camponeses, é quem perseguiu os kulaks. No final, de acordo com uma testemunha ocular, para que um homem fosse condenado a um destino cruel, bastava que "ele tivesse pagado algumas pessoas para trabalhar para ele como empregados, ou que ele tivesse sido o proprietário de três vacas."
 
As quase 20 milhões de propriedades agrícolas familiares que existiam na Rússia em 1929 estariam, cinco anos depois, concentradas em apenas 240 mil fazendas coletivas. Ao longo de grande parte de toda a história soviética, não era incomum algumas pessoas obterem a permissão para ser donas, em locais distintos, de alguns poucos acres de terra para uso privado. Quando Mikhail Gorbachev assumiu o poder em 1985, os 2% de terra agrícola que eram propriedade privada produziam nada menos que 30% de todos os cereais do país — uma resposta humilhante para todos aqueles que ignorantemente afirmavam que a agricultura socializada seria mais eficiente que a agricultura capitalista, ou que eles poderiam alterar a natureza humana ou reescrever as leis da economia.
 
Na mesma época em que Stalin começou a coletivização forçada, em 1929, ele também recriou a campanha contra a cultura nacional ucraniana, campanha essa que estava dormente desde o início da década de 1920. Foi na Ucrânia que a política de coletivização stalinista deparou-se com a mais ardorosa e violenta resistência — o que não impediu, entretanto, que o processo já estivesse praticamente completo por volta de 1932. Stalin ainda considerava a contínua e inabalável presença do sentimento nacionalista ucraniano uma permanente ameaça ao regime, e decidiu lidar de uma vez por todas com aquilo que ele via como o problema da 'lealdade dividida' na Ucrânia.
 
A primeira etapa de sua política foi direcionada aos intelectuais e personalidades culturais da Ucrânia, milhares dos quais foram presos e submetidos a julgamentos ridículos e escarnecedores. Após isso, tendo retirado de circulação aquelas pessoas que poderiam se transformar em líderes naturais de qualquer movimento de resistência, Stalin passou então a atacar o próprio campesinato, que era onde estava o real núcleo das tradições ucranianas.
 
Mesmo com o processo de coletivização já praticamente completo na Ucrânia, Stalin anunciou que a batalha contra os perversos kulaks ainda não estava ganha — os kulaks haviam sido "derrotados, mas ainda não exterminados." Stalin começaria agora uma guerra — supostamente contra os kulaks — direcionada aos poucos fazenderios que ainda restavam e dentro das próprias fazendas coletivas. Dado que, a essa altura, qualquer pessoa que por qualquer definição cabível pudesse ser classificada como um kulak já havia sido expulsa, morta ou enviada para campos de trabalho forçado, essa nova etapa da campanha soviética na Ucrânia teria o objetivo de aterrorizar os camponeses comuns. Estes deveriam ser física e espiritualmente quebrados, e sua identidade de seres humanos seria drenada deles à força.
 
Stalin começou estipulando metas de produção e entrega de cereais, as quais os ucranianos só conseguiriam cumprir caso parassem de se alimentar, o que os faria morrer de fome. O não cumprimento das exigências era considerado um ato de deliberada sabotagem. Após algum tempo, e com a produção e entrega inevitavelmente abaixo da meta, Stalin determinou que seus ativistas confiscassem dos camponeses todo o volume de cereais necessário para o governo ficar dentro da meta estipulada. Como a produção era baixa, os camponeses frequentemente ficavam sem nada. O desespero se instalou. Um historiador conta que uma mulher, por simplesmente ter tentado cortar para si um pouco do seu próprio centeio, foi levada presa junto a um de seus filhos. Após conseguir fugir da prisão, ela coletou, com a ajuda do seu filho, alguns poucos itens comestíveis e foram viver na floresta. Morreram após um mês e meio. As pessoas eram sentenciadas a dez anos de prisão e a trabalhos forçados pelo simples fato de colherem batatas, ou até mesmo por colher espigas de milho nos pedaços de terra privada que elas podiam gerir. Tudo tinha de ser do governo.
 
Os ativistas comunistas afirmavam que os sabotadores estavam por todos os lados, sistematicamente retendo e escondendo comida, impedindo o abastecimento das cidades, e desafiando as ordens de Stalin. Esses ativistas invadiam de surpresa as casas dos camponeses e faziam uma varredura no local em busca de alguma comida escondida. Aqueles ativistas mais bondosos ainda deixavam algum resquício de comida para as famílias, porém os mais cruéis saíam levando absolutamente tudo o que encontravam.
 
O resultado foi totalmente previsível: as pessoas começaram a passar fome, em números cada vez maiores. Um camponês que não tivesse a aparência de alguém que estava esfomeado era imediatamente considerado suspeito pelas autoridades soviéticas de estar estocando comida. Como relata um historiador, "Um ativista comunista, após fazer uma busca minuciosa pela casa de um camponês que não aparentava a mesma fome dos demais, finalmente encontrou um pequeno saco de farinha misturada com casca de árvore e folhas. O material foi confiscado e despejado em um lago do vilarejo."
 
Robert Conquest cita o testemunho de outro ativista:
 
Eu ouvi as crianças... engasgando sufocadas, tossindo e gritando de dor e de fome. Era doloroso ver e ouvir tudo aquilo. E ainda pior era participar de tudo aquilo.... Mas eu consegui me persuadir, me convencer e explicar a mim mesmo que aquilo era necessário. Eu não poderia ceder; não poderia me entregar a uma compaixão debilitante .... Estávamos efetuando nosso dever revolucionário. Estávamos obtendo cereais para a nossa pátria socialista....
 
Nosso objetivo maior era o triunfo universal do comunismo, e, em prol desse objetivo, tudo era permissível — mentir, enganar, roubar, destruir centenas de milhares e até mesmo milhões de pessoas...
Era assim que eu e meus companheiros raciocinávamos, mesmo quando... eu vi o real significado da "coletivização total" — como eles aniquilaram os kulaks, como eles impiedosamente arrancaram as roupas dos camponeses no inverno de 1932-33. Eu mesmo participei disso, percorrendo a zona rural, procurando por cereais escondidos.... Junto com meus companheiros, esvaziei as caixas e os baús onde as pessoas guardavam seus alimentos, tampando meus ouvidos para não ouvir o choro das crianças e a lamúria suplicante das mulheres. Eu estava convencido de que estava realizando a grande e necessária transformação da zona rural; e que nos dias vindouros as pessoas que viveriam ali estariam em melhor situação por minha causa.
 
Na terrível primavera de 1933, vi pessoas literalmente morrendo de fome. Vi mulheres e crianças com barrigas inchadas, ficando azuis, ainda respirando mas com um olhar vago e sem vida.... Eu não perdi a minha fé. Assim como antes, eu acreditava porque eu queria acreditar.
 
Em 1933, Stalin estipulou uma nova meta de produção e coleta, a qual deveria ser executada por uma Ucrânia que estava agora à beira da mortandade em massa por causa da fome, que havia começado em março daquele ano. Vou poupar o leitor das descrições mais gráficas do que aconteceu a partir daqui. Mas os cadáveres estavam por todos os lados, e o forte odor da morte pairava pesadamente sobre o ar. Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados. As diferentes famílias camponesas reagiam de maneiras distintas à medida que lentamente iam morrendo de fome:
 
Em uma choupana, era comum haver algum tipo de guerra entre a família. Todos vigiavam estritamente todos os outros. As pessoas brigavam por migalhas, tomando restos de comida umas das outras. A esposa se voltava contra o marido e o marido, contra ela. A mãe odiava os filhos. Já em outra choupana, o amor permaneceria inviolável até o último suspiro da família. Eu conheci uma mulher que tinha quatro filhos. Ela costumava lhes contar lendas e contos de fadas com a intenção de fazê-los esquecer a fome. Sua própria língua mal podia se mover, mas mesmo assim ela se esforçava para colocá-los em seus braços, ainda que ela mal tivesse forças para levantar seus braços quando eles estavam vazios. O amor vivia dentro dela. E as pessoas notaram que, onde havia ódio, as pessoas morriam mais rapidamente. Entretanto, o amor não salvou ninguém. Todo o vilarejo sucumbiu; todos juntos, sem exceção. Não restou uma só vida.
 
Normalmente é dito que o número de ucranianos mortos na fome de 1932-33 foi de cinco milhões. De acordo com Robert Conquest, se acrescentarmos outras catástrofes ocorridas com camponeses entre 1930 e 1937, incluindo-se aí um enorme número de deportações de supostos "kulaks", o grande total é elevado para entorpecentes 14,5 milhões de mortes. E, mesmo assim, se apenas 1% dos alunos do ensino médio já tiver ouvido falar sobre esses eventos, isso já seria um pequeno milagre.
 
Durante o artigo, referi-me várias vezes a Robert Conquest, um excelente historiador da União Soviética. Conclamo, insisto e exorto qualquer pessoa com interesse nesses eventos a ler seu extraordinário livro The Harvest of Sorrow. A leitura flui como se fosse um romance — mas a história relatada é excessivamente real.


Thomas E. Woods Jr. é um membro sênior do Mises Institute, especialista em história americana. É o autor de nove livros, incluindo os bestsellers da lista do New York Times The Politically Incorrect Guide to American History e, mais recentemente, Meltdown: A Free-Market Look at Why the Stock Market Collapsed, the Economy Tanked, and Government Bailouts Will Make Things Worse. Dentre seus outros livros de sucesso, destacam-se Como a Igreja Católica Construiu a Civilização Ocidental (leia um capítulo aqui), 33 Questions About American History You're Not Supposed to Ask e The Church and the Market: A Catholic Defense of the Free Economy (primeiro lugar no 2006 Templeton Enterprise Awards). Visite seu novo website.

Publicado no site do Instituto Ludwig Von Mises Brasil – http://mises.org.br
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