quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Sobrou para o policial...


Essa semana, um criminoso (‘ah, não se pode falar assim pois ele não foi julgado, blá, blá, blá..’), de posse de uma arma de fogo e manutenção de pessoas como reféns, em meio a negociação de rendição promovida pela polícia militar, simplesmente surpreendeu os militares e desferiu diversos tiros, vindo a lesionar um policial e a matar um major.

As imagens do Jornal Nacional são claras em demonstrar a atitude covarde desse criminoso (‘ah, novamente, isso viola o direito de estado de inocência...blá,blá’).

Aí, tanto nessa matéria, como em diversas outras (basta clicar no Google as palavras ‘major morre por estar sem colete’), a culpa parece ficar com o policial!

A matéria do Jornal Nacional vale ser conferida: video

Com a devida licença aos editores das matérias, por que ao invés de destacar como está terrível e constante a afronta de criminosos em face de policiais e cidadãos, prefere-se dar destaque ao fato de que a vítima estava sem colete a prova de tiros?

Já que é pra fazer pirraça com semântica e redação, quer dizer que o fato de estar sem colete é que matou o PM... o fato do criminoso ter desferido diversos tiros contra os milicianos foi...conduta natural do criminoso?

Estava Sua Excelência, o Bandido, em seu ‘exercício regular do direito’?

Se houve falhas no procedimento operacional de negociação, ante a ausência de equipamento de segurança, claramente que seja apontado e apurado; contudo, observe que a ação de um covarde e assassino, o qual estava com uma arma apontada para pessoas inocentes e ameaçando matá-las, chegando ao ponto de atirar contra os PMs e matar um pai de família, simplesmente ficou em segundo, terceiro, sei lá em que plano da matéria!

Se estivesse com um colete e os tiros desse bandido atingissem a cabeça do policial, iriam falar o quê? Que o policial teve culpa por ter a cabeça grande?

Está demais!

Por que ficam tentando inverter a situação e tentar ou colocar a culpa nas vítimas ou mitigar a responsabilização dos criminosos dividindo a culpa?

Se é certo que o estudo da vitimologia há de ser considerado para efeitos penais, também é certo que não se pode aceitar essa busca de culpados para agentes do Estado, como se fossem simplesmente entes figurados e desprovidos de vida real, como apêndices do fictício e terrível Leviatã.

Esses policiais são pessoas que possuem profissão, dedicam-se à causa, como esse major, o qual tentava negociar a liberdade e VIDA dos reféns, tendo emprestado seus coletes aos profissionais da imprensa que estavam lá para cobrir o caso...

O bandido, após sair desferindo os tiros e correr para cima dos policiais, acabou sendo alvejado e morreu...

Imagino o que ocorreria se nenhum policial tivesse sido acertado ou se algum sniper tivesse acertado o criminoso que estava em vias de matar os reféns...

Lembro-me quando um policial, no Rio de Janeiro, aproximou-se de dois suspeitos que estavam em uma moto e, ao ser visto, o garupa e o piloto puxaram armas, momento em que o PM sacou seu revólver e, quase sendo acertado, desferiu tiros nos dois...

Em seguida, na matéria, surge um senhor, de uma famosa ONG carioca e diz, em sua sala cheia de livros de sociologia, Michel Foucault, etc: ‘realmente a violência está demais...mas será que era necessário o policial atirar para matar’?

Pronto, sobrou novamente para o policial !

Nem vou entrar na discussão da previsão do artigo 25 do Código Penal, que trata da legítima defesa, já que esse senhor, no alto de seus livros do ser humano como o bom selvagem e sua experiência com criminosos puxando armas para matar somente em livretos de criminologia, não vai entender...ou não quer... ou está a serviço do... Deixa prá lá!

Sim, há muito abuso praticado por profissionais ruins e até mesmo criminosos sob o pálio da farda, como esse autor do blog já teve o desprazer de algumas vezes constatar, processar e até pedir a condenação perante o Tribunal do Júri (e aqui acho que a pena para agentes públicos deveria ser o dobro!); contudo, como em todas as searas e segmentos, a generalização tendenciosa e preconceituosa não deve ser aceita, e só ajuda a manter o crime e criminosos em estado de superioridade e proteção...

Isso não!

Fonte: http://considerandobem.blogspot.com/2011/12/sobrou-para-o-policial.html

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