quarta-feira, 14 de setembro de 2011

“Vivificados para a novidade de vida!”

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(Cl.3.5-11)


Os quatro primeiros versículos de Colossenses 3 nos convidam a pensar nas coisas do alto, pois já morremos para o pecado e a nossa vida está oculta com Cristo em Deus. Essa vida plena será manifestada na volta em glória do Senhor Jesus (Colossenses 3.4).

Até a volta do Senhor Jesus, contudo, a nossa conduta na terra deve refletir a nova vida que é conseqüência da regeneração (o novo nascimento). Quando cremos em Cristo, recebemos a vida nova (Colossenses 3.9-10). Paulo, o apóstolo, deixa isto muito claro: "Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo" (2 Coríntios 5.17). Romanos 6.4: “Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida”.

No entanto, a renovação não é apenas um ato que acontece quando nos convertemos, mas um processo que dura a vida inteira. Neste sentido, o ensino da Palavra de Deus não deixa dúvida: "1. Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." (Romanos 12.2).

Transição: como somos vivificados para a novidade de vida?

(Vs. 5 “fazei morrer a vossa natureza terrena”)

1 – FAZENDO MORRER DIARIAMENTE A NOSSA NATUREZA PECAMINOSA

Cremos que a vida cristã se dá através do novo nascimento (João 3.3). Quando cremos em Jesus, somos incluídos na sua morte para o pecado e na sua ressurreição para a vida (Romanos 6.5-11 - BLH). A conversão não é reforma religiosa; é um ato sobrenatural de Deus, que provoca uma mudança radical de vida. É morte para o pecado e vida para Deus. Neste sentido, ao nos convertermos, a nossa morte para o pecado e a nossa ressurreição para a vida eterna é definitiva (João 5.24). Em Colossenses 3.3 está escrito: "Porque morrestes, e a vossa vida está oculta com Cristo, em Deus". O verbo morrer está no passado e refere-se a algo que aconteceu de uma vez para sempre! Refere-se ao novo nascimento ou à regeneração.

Aqueles que nasceram para uma nova vida, contudo, precisam “fazer morrer a natureza pecaminosa” (Colossenses 3.5)

No novo nascimento, morremos definitivamente com Cristo na cruz para o pecado. Em Colossenses 3.5 está escrito "fazei morrer a vossa natureza terrena" e isto significa que a natureza terrena é uma constante tentação na vida do crente. Todos estamos sujeitos à tentação. Jesus nos ensinou a orar para não cairmos em tentação, porque a tentação é inevitável! O que isto nos ensina?

Os santos são chamados para a santificação ou a mortificação da natureza pecaminosa. Eu “mortifico” os feitos da carne e “revisto-me” da nova natureza através da oração – suplicando ao Espírito Santo que aplique em minha vida as riquezas da morte e ressurreição de Cristo – que torne visível os efeitos de minha nova vida em Cristo.

Tenho de compreender que a nova vida em Cristo não significa libertação absoluta do pecado nessa vida. O pecado não tem mais domínio sobre nós, mas ainda habita em nós (CALVINO, Institutas, 3.11), tal como lemos na carta aos Romanos: (ler)

Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Rm 6.14).

Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim (Rm 7.20).

Trata-se de uma caminhada onde, como diz Calvino, os pecados contumazes são tratados a “marretadas” (Ibid., 3.15-18).

Saibamos ainda que, inevitavelmente, a despeito de todas as lutas e quedas nessa vida, o pecado já foi derrotado na cruz e será removido inteiramente na glorificação. É só uma questão de tempo. Somos o povo que foi separado, eleito em Cristo, que está sendo santificado e que será completamente glorificado na volta do nosso Redentor. Aleluia!

• Não há desculpas para o pecado na vida do crente. Não há justificativas. Não há racionalização. O pecado é tão sério que Jesus morreu para nos libertar dele. Logo, pecado deve ser reconhecido como pecado e deve ser confessado. Veja a lista no nosso texto (Colossenses 3.5, 8-9; 1 João 1.8-9). O pecado atrai a ira de Deus (Colossenses 3.6) e está em desacordo com a nova vida em Cristo (Colossenses 3.7).

 2 – (...) E SE REVESTIR DA NOVA NATUREZA
Jogar a roupa suja da velha vida e se vestir com uma nova natureza!
“(...) e se vestiram com uma nova natureza. Essa natureza é a nova pessoa que Deus, o seu criador, está sempre renovando para que ela se torne parecida com ele, a fim de fazer com que vocês o conheçam completamente”. (Colossenses 3.10 - NTHL)

“Deus está sempre renovando para que ela se torne parecida com ele”. A vida cristã é dinâmica, não estática.

O resultado da transformação pela renovação da mente é a maturidade. A imagem de Deus, deformada pelo pecado, é recriada em nós (Colossenses 3.10; Efésios 4.13-14: ”12. Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir o corpo de Cristo. 13. Desse modo todos nós chegaremos a ser um na nossa fé e no nosso conhecimento do Filho de Deus. E assim seremos pessoas maduras e alcançaremos a altura espiritual de Cristo”.

Essa transformação nos faz parecidos com Jesus. (Romanos 8.29)

“29. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”.

As tentações e provações contribuem para nossa maturidade (Tiago 1. 2-4,12; 2 Coríntios 4.7-11). A santidade cristã não é etérea, desencarnada. A santidade cristã é vivida no dia-a-dia, com seus dilemas, lutas e sofrimentos.

Somos sal da terra e luz do mundo. É neste mundo que vivemos nossa identidade cristã (santidade). E este mundo é impactado por cristãos que vivem os padrões do Reino de Deus e não de acordo com o senso comum ou segundo a natureza pecaminosa. (sexo, diversão, negócios etc.). As obras dos cristãos maduros refletem a glória de Deus no mundo (Mateus 5.16).


Conclusão:

Viver de acordo com os padrões da Palavra de Deus não é um opção para o cristão. É um imperativo claro. Somos chamados para viver a novidade de vida que caracteriza a nova vida que temos em Cristo.

Podemos viver um cristianismo pela metade. Podemos até viver “parcialmente” a fé cristã. Contudo, não devemos nos esquecer que não existem meio-filhos, meio-cristãos... bem como não existe meio-céu e meio-inferno.
Rev. Ézio Martins de Lima
nilsonmellofontedavida.blogspot.com

Fonte: texto extraido do blog artes theológicas

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